Líderes empresariais otimistas com as negociações da COP26

Vários executivos e analistas financeiros mostram-se otimistas quanto às negociações que levarão às mudanças necessárias para que as empresas desempenhem um papel maior no combate às alterações climáticas, uma semana após o início da cimeira da ONU sobre o clima, que decorre em Glasgow, de acordo com a ‘Reuters’.

Os observadores elencaram várias medidas tomadas por líderes mundiais que irão contribuir para a promoção de negócios sustentáveis.

Em causa está, entre outras medidas, a promessa da parte de empresas financeiras com um total de 112,41 biliões de euros (130 biliões de dólares) em ativos para se focarem nas alterações climáticas, além da criação de um órgão de padrões globais para examinar as reivindicações climáticas empresariais e promessas de reduzir as emissões de metano e salvar as florestas.

O Diretor-Geral da Jefferies, Aniket Shah, considera que, embora muitas das etapas não tenham promessas específicas, revelam um consenso global em curso para a gestão do problema ambiental.

“Há um certo poder de sinalização de intenções que não pode ser descartado aqui”, defende Shah, fazendo referência à meta avançada pelo Primeiro-Ministro da Índia, Narenda Modi, no dia 1 de novembro, para que o país alcance emissões líquidas zero até 2070.

Por sua vez, Peter Lacy, líder global de serviços de sustentabilidade da Accenture, afirmou que, para os investidores e empresas, o passo mais significativo na conferência foi a criação, no dia 3 de novembro, do International Sustainability Standards Board, destinado a criar uma linha de base para as empresas descreverem o seu impacto climático.

O novo conselho, segundo Lacy, “irá dar aos investidores e acionistas uma compreensão muito melhor dos riscos e oportunidades relacionados e ajudará a orientar a alocação da enorme quantidade de capital necessária à medida que o mundo faz a transição para as emissões líquidas zero”.

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