Católica Porto Business School: Líderes do futuro

O panorama da formação de executivos em 2024 está marcado por uma série de tendências que conduzem, em específico, a um desenvolvimento sustentado no futuro do ensino e do desenvolvimento profissional para líderes. «Estamos perante uma rápida mudança à escala mundial, impulsionada pela tecnologia, globalização e disrupções socioeconómicas, que exige que os líderes de hoje sejam ágeis, adaptáveis e dotados de competências e conhecimentos actualizados. Assim, as perspectivas imediatas centram-se na criação de programas que se foquem em: i) competências digitais e tecnológicas; ii) personalização do processo de aprendizagem; iii) experiência imersiva e gamificação; iv) aprendizagem experiencial e prática; v) soft skills; vi) aprendizagem colaborativa e em rede; e vii) orientação para aprendizagem ao longo da vida. Esta é uma área em constante evolução, adaptando-se às necessidades do mercado e dos líderes do futuro, pelo que a personalização, a flexibilidade, a aprendizagem experiencial e o foco em competências digitais, aliadas às soft skills, vão ser os pilares da formação de executivos nos próximos tempos», afirma Carlos Vieira, director executivo da formação executiva da Católica Porto Business School.

Entre as áreas mais procuradas, este responsável salienta os temas da transformação digital, inovação, sustentabilidade, gestão da mudança, liderança e finanças. «Por exemplo, em Outubro 2023 arrancámos com a pós-gradução em Sustentabilidade e Regeneração, uma área onde a nossa escola já disponibilizava vários programas executivos mais curtos. Em termos de temas em expansão, temos a inteligência artificial, cibersegurança, blockchain, data analytics, economia circular e gestão de riscos.

Quanto a contracção, observamo-la nas áreas de Gestão de Projectos e Gestão de Recursos Humanos, mas na sua vertente mais tradicional e/ou generalista. Ou seja, não são contracções pela importância do tema para os executivos. São substituições por programas mais focados e especializados dentro destas grandes temáticas ligadas a pessoas e projectos», acrescenta.

APOSTAS E AS VÁRIAS GERAÇÕES

A Católica Porto Business School vai continuar a investir nas áreas que têm sido parte do seu desenvolvimento dos últimos anos, como a aposta na internacionalização (a nível de programas, parceiros e públicos), a inovação, a sustentabilidade e a ética, a excelência no ensino e pesquisa, a inovação com impacto e sempre com forte conexão prática. «Em termos empresariais continuamos a apostar em vários pontos fortes da escola (e.g., ERS – Ética, Responsabilidade e Sustentabilidade, Analytics, Finanças, entre outros) e também apostamos em áreas onde o nosso mercado empresarial mais natural (região Norte) tem necessidades relevantes (e.g. Fashion Management, Gestão da Saúde, entre outros). Para além disso, há um reforço da parceria com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, com mais um novo programa conjunto – a pós-graduação em Nutrição, Endocrinologia e Gestão. E, por fim, quero salientar os programas que estão a ser construídos na área da literacia financeira e regulatória para empresas, especialmente desenhados e pensados para as PME, procurando, entre outros aspectos, aprofundar conhecimento sobre mecanismos de financiamento, análise de risco de crédito, entre outros temas», sublinha o director executivo da formação executiva.

Em termos individuais, destaca-se igualmente o MBA Executivo, que celebra este ano os 20 anos, que terá várias novidades e uma nova parceria internacional com a WU – Vienna University of Economics and Business. Além disso, também a instituição está a preparar novos programas, nomeadamente uma pós-graduação em Logística e Gestão de Cadeias de Abastecimento e o programa avançado em Distribuição Automóvel.

Sobre as novas gerações, o responsável considera que estas desafiam as estruturas tradicionais das organizações. Esta valorização do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, da flexibilidade e da autonomia conduz a uma procura por trabalhar em empresas com culturas inovadoras e que estejam comprometidas com a sustentabilidade e com a responsabilidade social.

«As escolas de negócios têm um papel fundamental a desempenhar nesta transformação, preparando os futuros líderes para lidar com as expectativas das novas gerações. Isso inclui o desenvolvimento de competências como comunicação eficaz, trabalho em equipa, liderança e inteligência emocional», refere Carlos Vieira.

Para além disso, as escolas devem promover culturas organizacionais mais flexíveis e inclusivas, avaliando o impacto da adopção de modelos de trabalho mais flexíveis, como o trabalho remoto e o horário flexível.

No que se refere aos desafios da sustentabilidade e da responsabilidade social, as escolas de negócio podem preparar os futuros líderes para lidar com os desafios globais e promover um futuro mais sustentável. E a Católica Porto Business School está comprometida com todos esses desafios, que considera essenciais para a gestão de empresas e instituições. Por isso mesmo, integra em todos os programas executivos, componentes e matérias que vão muito além dos conhecimentos técnicos específicos desse programa. Exemplo disso, é o trabalho desenvolvido pelo Career Development Office ao nível de mentoring, advisory, entre outros. Ou, por exemplo, o programa de Human and Leadership Skills integrado no MBA Executivo.

«Temos também a vantagem de integrar, no mesmo campus e na mesma vivência, a formação de executivos com os alunos de licenciaturas e mestrados. E isso permite também conhecer de perto e antecipar alguns dos comportamentos e atitudes esperadas nos futuros líderes», diz o responsável.

Ao mesmo tempo, a Católica Porto Business School quer contribuir para a criação de uma sociedade mais inclusiva e ajudar os trabalhadores séniores a alcançar o seu pleno potencial. O envelhecimento da população portuguesa pode ser visto como um desafio e como uma oportunidade para o sector de formação de executivos. Em termos de desafios, observa-se a escassez de mão-de-obra qualificada e também um aumento dos custos com saúde e segurança social, o que pode afectar a competitividade das empresas. A necessidade de preparar os trabalhadores mais velhos para novos desafios e responsabilidades pode levar ao aumento da procura por formação de executivos. Para além disso, o desenvolvimento de programas de formação específicos para a população sénior tem de atender às necessidades desta população, através de programas de actualização de conhecimentos ou programas de preparação para a reforma.

LITERACIA

A literacia de gestão é fundamental para a competitividade das empresas, em especial das PME. No entanto, apesar da importância reconhecida, ainda há muito a ser feito para incentivar a formação nesta área. «Na Católica Porto Business School temos uma área à qual queremos dar cada vez mais destaque, a formação customizada. Nesse sentido, desenvolvemos programas de formação específicos para PME, com conteúdos e metodologias adaptados às suas necessidades e que procurem promover uma capacitação maior em termos de financiamento, procurando identificar todos os instrumentos que existam em Portugal e no estrangeiro. Estamos também a olhar para o desenvolvimento de programas online e em modelo blended para facilitar o acesso dos gestores das PME. E estamos a fazer estes desenvolvimentos com parceiros que agregam as empresas, como são as associações empresariais. A escola oferece ainda serviços de consultoria e estudos de diverso nível para PME, que nos procuram pelo conhecimento e capacidade de que dispomos», explica Carlos Vieira.

Assim, a formação continua a ser uma aposta clara na atracção e retenção de talentos. Por vários motivos. Hoje, as empresas sabem que a questão de fidelização dos seus colaboradores vai muito além de factores objectivos, como, por exemplo a remuneração. E que passa também pela aposta no desenho e no acesso que dão a formação diversificada e de qualidade. «Vemos muitos exemplos de associação entre empresas e escolas de negócios – como o nosso caso – para, por exemplo, desenhar programas de formação customizada (específicos e à medida das necessidades dos seus colaboradores) em áreas muito além das componentes meramente técnicas. E com o cuidado de criar calendários de formação e programas que possam atrair vários perfis de colaboradores. Além disso, as empresas reconhecem também que a qualificação e bem-estar dos seus colaboradores é um factor fundamental para o seu próprio sucesso, produtividade, eficiência e competitividade », conclui Carlos Vieira.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “MBA, Pós-graduações & Formação de Executivos”, publicado na edição de Março (n.º 216) da Executive Digest.

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