Não há limites ao uso de armas americanas pela Ucrânia se a Coreia do Norte se juntar à guerra, ameaçam EUA
Os Estados Unidos não vão impor qualquer limite ao uso de armas americanas pela Ucrânia se a Coreia do Norte entrar na guerra, ameaçou esta segunda-feira o Pentágono: recorde-se que hoje a NATO garantiu que militares norte-coreanos já estão no oblast de Kursk a lutar ao lado dos soldados dos russos.
O destacamento da Coreia do Norte está a alimentar as preocupações ocidentais de que o conflito de dois anos e meio na Ucrânia possa alargar-se, mesmo quando a atenção se desloca para o Médio Oriente. Poderá também ser um sinal de como a Rússia espera compensar as crescentes perdas no campo de batalha e continuar a obter ganhos lentos e constantes no leste da Ucrânia.
“O aprofundamento da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte é uma ameaça à segurança tanto do Indo-Pacífico como da Euro-Atlântica”, referiu o secretário-geral da NATO, Mark Rutte. Já Joe Biden, presidente americano, garantiu que a situação “era muito perigosa”.
O Pentágono estimou que 10 mil soldados norte-coreanos foram enviados para o leste da Rússia para treino, acima da estimativa de 3 mil soldados da passada quarta-feira. “Uma parte destes soldados já se aproximou da Ucrânia, e estamos cada vez mais preocupados que a Rússia pretenda utilizar estes soldados em combate ou para apoiar operações de combate contra as forças ucranianas no olast de Kursk, na Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia”, referiu Sabrina Singh, porta-voz do Pentágono.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, disse que Kiev estava a alertar para o envio há semanas e acusou os aliados de não conseguirem dar uma resposta forte. “O resultado final: ouvir a Ucrânia. A solução: levantar agora as restrições aos nossos ataques de longo alcance contra a Rússia”, apontou, na rede social ‘X’. disse no X.
O chefe de gabinete do presidente ucraniano, Andriy Yermak, disse que as sanções por si só não seriam uma resposta suficiente ao envolvimento norte-coreano, acrescentando que Kiev precisa de “armas e de um plano claro para impedir o envolvimento alargado da Coreia do Norte”. “O inimigo compreende a força”, resumiu.