Eleições nos Açores. Chega e PSD chegam a acordo sobre governo

O Chega chegou a um acordo com o PSD e vai viabilizar um governo de direita nos Açores, informou o partido, em comunicado enviado às redações, esta sexta-feira.

“O Chega vai viabilizar o governo de direita nos Açores, após ter chegado, em conjunto com o PSD, a pontos de convergência em vários assuntos fundamentais para a Região Autónoma dos Açores e para o país”, lê-se na nota.

O futuro governo regional comprometeu-se a desencadear “um projeto de revisão constitucional regional que inclua, entre outros aspetos, a redução do número de deputados na região autónoma dos Açores”. O Parlamento regional dos Açores tem, neste momento, 57 deputados.

O partido liderado por André Ventura diz ainda que o novo governo comprometeu-se a alcançar “metas de redução significativa de subsidiodependência na região e de criação de um gabinete regional de luta contra a corrupção”.

Esta terça-feira, André Ventura tinha desmentido o líder do Chega nos Açores, afirmando que o partido ainda não tinha dado ‘luz verde’ à formação de um governo de direita na região.

Esta quinta-feira, Ventura afirmou que o PSD não aceitava participar no processo de revisão constitucional aberto pelo partido e que, por isso, o Chega Açores ia votar contra qualquer solução de governo regional, fosse à esquerda (PS) ou direita (PSD). Ventura referiu mesmo que as conversações com o PSD estavam “suspensas” desde quarta-feira à noite.

Na nota de imprensa divulgada esta sexta, o Chega diz ainda saber que o PSD nacional vai “entregar na Assembleia da República, ainda nesta sessão legislativa, um projeto de revisão constitucional que compreenderá, não só o constante do seu programa eleitoral, como alguns aspetos” considerados “fundamentais” pelo partido.

O representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Catarino, começa esta sexta a ouvir os partidos que elegeram deputados à Assembleia Legislativa açoriana, tendo em vista a indigitação do futuro presidente do governo regional.

A lei indica que o representante da República no arquipélago nomeia o novo presidente do governo regional ouvidos os partidos políticos representados no novo parlamento açoriano.

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