Reino Unido pode enfrentar seca já em agosto, alerta agência ambiental

As temperaturas elevadas e a reduzida quantidade de chuva estão a empurrar o Reino Unido para um cenário preocupante, à medida que as reservas de água vão sofrendo cada vez maior pressão. Muitas partes de Inglaterra estão já sob aviso de “tempo seco prolongado”.

De acordo com a britânica ‘Sky News’, o Reino Unido está no limbo meteorológico, enquanto a agência ambiental de Inglaterra alerta que o país poderá entrar em situação de seca já em agosto. As previsões apontam que o tempo quente e seco deverá persistir durante as próximas semanas, mas ainda há esperança de que a chuva regresse em meados do próximo mês, podendo trazer algum alívio às terras ressequidas.

Contudo, se os termómetros continuarem a marcar temperaturas elevadas, é possível que as empresas que gerem os recursos hídricos possam mesmo ter de aplicar cortes nos consumos não-essenciais doméstico e comercial.

Esta terça-feira, estará reunido o Grupo Nacional da Seca, que inclui as empresas das águas, a agência ambiental e o Sindicato Nacional de Agricultores, para decidirem qual a melhor estratégia para otimizar o consumo de água no Reino Unido.

O Grupo já afirmou que o tempo seco tem atingido mais fortemente as quintas nas regiões central, Leste e Sul do país, com impactos previsíveis ao nível das colheitas para este ano. Os campos de tons acastanhados, rios com caudais reduzidos e lagos ressequidos são já testemunhos da intensidade do calor e da falta de chuva no Reino Unido.

De recordar que na semana passada os britânicos enfrentaram o dia mais quente de que há registo, quando os termómetros marcaram temperaturas que rondaram os 40 graus.

Um responsável da agência ambiental britânica contou ao ‘The Guardian’ que “temos tido um tempo seco prolongado este ano, que levou a caudais de rios excecionalmente reduzidos em quase toda a Inglaterra e com os níveis dos reservatórios a cair em Yorkshire, e nas regiões do centro e sudoeste” do país.

E acrescenta: “As recentes temperaturas quentes aumentarão a probabilidade de impactos locais e colocarão pressão sobre o ambiente e vida selvagem aquáticos”.

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