Mensagens de “filhos”, emails de “entidades públicas”, ofertas de emprego…5 esquemas de fraude a que deve estar atento

As fraudes através de mensagens tornaram-se um verdadeiro pesadelo para todos os utilizadores, já que a partir de uma simples mensagem de WhatsApp, SMS ou email pode desencadear-se uma série de ataques e roubos que podem deixar-nos sem poupanças e prejudicar gravemente a nossa reputação.

Praticamente todas as semanas surgem novas variantes deste tipo de burlas e engodos, mas mesmo as táticas mais conhecidas continuam a funcionar e a ser eficazes para os cibercriminosos, que conseguem extorquir milhares de euros às suas vítimas.

Enquanto existem muitas formas de prevenção e deteção destas fraudes, muitas vezes falhamos em reconhecê-las porque não estamos familiarizados com o início destas burlas e não percebemos que estamos a cair numa delas até ser demasiado tarde.

Assim, recorde alguns dos exemplos mais comuns de mensagens fraudulentas para que, caso as receba, consiga detetá-las a tempo e evitar ser vítima dos cibercriminosos.

1. Mensagens de Ofertas de Emprego Falsas

Um simples “Olá, posso falar contigo?” pode ser o início de uma fraude que já provocou perdas de mais de 11.000 euros e problemas legais para as suas vítimas. Normalmente, recebemos uma mensagem de um número desconhecido com um prefixo estrangeiro, oferecendo-nos um emprego de sonho, onde temos que trabalhar pouco e ganhar muito.

Se receber uma mensagem semelhante, é melhor parar de responder, bloquear e denunciar o número de telefone. Muitas vezes, o nome guardado no WhatsApp não corresponde ao nome dado na mensagem, o que deve ser um sinal de alerta, assim como se nos contactarem de países distantes como a Indonésia, Nigéria ou Tailândia.

da mesma forma, há uma variação deste esquema em que é contactado por chamada, e quem fala do outro aldo é uma mensagem gravada. Muitas vezes estes esquemas prometem dinheiro em troca de gostos em publicações no TikTok ou outras redes sociais, mas acaba por ser um engodo, em que as vítimas pagam para ter acesso a ‘missões’, mas nunca lhes é pago o dinheiro prometido.

2. Olá pai/Olá mãe: mensagens de um familiar em apuros

Outro dos ataques cibernéticos mais comuns e eficazes é a falsa mensagem de um filho em apuros, conhecido como o esquema ‘Olá pai/Olá mãe’ que esta semana viu uma rede desmantelada em Portugal. Nestes casos, alguém faz-se passar por um familiar próximo, como o filho, a mãe, o irmão ou o parceiro, pedindo ajuda em situações urgentes.

Normalmente o interlocutor diz que ficou sem acesso ao telemóvel, pelo que está contactar de outro número e acaba por pedir transferências de dinheiro através de MBWay ou outro método.

Nestas situações, é essencial estabelecer uma palavra-chave entre os seus familiares e amigos, de modo a poder verificar a autenticidade da mensagem. Se receber uma mensagem deste tipo, verifique se conhecem a palavra-chave antes de responder ou fornecer qualquer informação pessoal. Teste sempre o conhecimento do interlocutor que o aborda.

3. Falsas mensagens de bancos

Os cibercriminosos frequentemente fazem-se passar pelo nosso banco, enviando mensagens como “A sua conta foi bloqueada, siga este link para desbloqueá-la”, na tentativa de obter as nossas credenciais bancárias e roubar o nosso dinheiro.

Antes de clicar em qualquer link, verifique por si mesmo se há algo errado com a sua conta bancária e entre em contacto com a sua sucursal usando um método alternativo, evitando assim cair nesta armadilha.

Recorra aos canais de apoio ao cliente, apps e sites oficiais das instituições bancárias e não se deixe enganar, mantendo-se atento e vigilante.

4. Falsas mensagens de alegadas empresas de distribuição

As empresas de entrega de encomendas, como a DHL ou outras internacionais, também são ‘usadas’ como máscara de burlas, com mensagens alegando que há problemas com a sua entrega e pedindo-lhe para clicar num link para mais informações. Também os CTT https://www.ctt.pt/transversais/alertas-de-phishing já alertaram para esquemas de ‘phishing’ deste tipo, por mensagens e emails, em que os criminosos se fazem passar pelos correios e pedem informações à vítima para levantar uma suposta encomenda.

Muitas vezes, os links enviados são fraudulentos e destinam-se apenas a roubar informações pessoais e bancárias. Antes de clicar em qualquer link, verifique se está à espera de uma entrega e entre em contacto com a empresa de distribuição diretamente, utilizando os contactos oficiais fornecidos no seu site. Verifique também o link em questão: se estranhar a terminação (não é ‘.pt’, ‘.com’, etc.) é porque o mais certo é não ser seguro.

5. Falsas mensagens e emails de entidades públicas

Por fim, os cibercriminosos frequentemente fazem-se passar por instituições públicas como a Autoridade Tributária, polícia, Ministério Público, entre outras, exigindo o pagamento de multas ou a atualização de informações pessoais.

Para evitar cair nestas fraudes, é importante conhecer os métodos de comunicação das instituições públicas e estar ciente de que raramente entram em contacto através de mensagens de texto para exigir pagamentos ou atualizações de dados pessoais.

No caso de emails, também deve desconfiar sempre, e atentar ao fim dos endereços dos links. A página oficial termina em .pt, ou .com e a que está a ser encaminhado tem uma terminação estranha? É melhor desconfiar e entrar em contacto direto com a entidade em questão, caso tenha dúvidas.

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