Preço das casas não para de subir. Valores aumentaram mais de 10% em 130 concelhos

Apesar de um abrandamento nos preços das casas no ano passado, os valores dos imóveis mantiveram-se numa trajetória ascendente, revelando uma crise persistente no acesso à habitação.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os preços na habitação continuam a pressionar os orçamentos dos portugueses, com um aumento médio de mais de 10% em 130 concelhos ao longo do último ano.

Lisboa mantém sua posição como a zona mais cara do país, onde o preço médio por metro quadrado registou uma subida de 7,62%, estado situado nos 4.167 euros, destacando-se como um dos mercados imobiliários mais exigentes da Europa.

O Algarve também figura entre as regiões mais caras para se viver, com seis dos 10 concelhos algarvios a registarem valores acima da média nacional.

No entanto, é na região do Douro que se observa a maior escalada nos preços, com um aumento de 97% no preço por metro quadrado no concelho de Armamar, em Viseu, ainda que permaneça significativamente abaixo da média nacional, situando-se em cerca de 400 euros por metro quadrado.

Apesar destes aumentos generalizados, registou-se uma diminuição de preços em 81 municípios no último ano, sobretudo em áreas do interior Norte do país e em concelhos com menor densidade populacional. No entanto, essas descidas não têm sido suficientes para mitigar os problemas no acesso à habitação das famílias portuguesas.

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