O falhanço da austeridade

krugman2O Nobel da Economia, Paul Krugman, considera que a política de austeridade é um falhanço. Segundo o economista, que escreve para o New York Times (NYT), o comportamento económico da maioria dos países é pior hoje do que nos anos 30, na Grande Depressão, com especial ênfase para o Reino Unido.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Investigação Económica e Social divulgou um gráfico em que comparava a queda actual com as recessões passadas e respectivas recuperações. Paul Krugman chegou à conclusão que o que tem corrido mal é a política de austeridade.

“É um fracasso, em particular, da doutrina de austeridade que tem dominado a discussão política de elite na Europa e, em grande medida, nos Estados Unidos durante os últimos dois anos”, sublinhou Paul Krugman. “Não temos aprendido muito sobre gestão económica nos últimos 80 anos?”, questiona o mesmo, dando uma resposta positiva. No entanto, o economista considera que todo esse conhecimento conquistado foi deitado pela janela fora.

“Como poderia a economia prosperar nestas condições?” questiona-se Paul Krugman. A palavra é com “confiança” segundo o, na época, presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet. Paul Krugman considera que tais invocações de confiança nunca foram plausíveis.

“A única coisa irritante sobre esta tragédia é que ela foi completamente desnecessária”, considera o economista norte-americano e acrescenta: “Há meio século atrás, qualquer economista (…) que tinha lido o livro Paul Samuelson “Economia” – poderia ter dito que a austeridade na altura da depressão foi uma ideia muito má. Mas os decisores políticos, especialistas e, sinto muito dizer, muitos economistas decidiram, em grande parte por razões políticas, esquecer o que costumavam conhecer. E milhões de trabalhadores estão a pagar o preço pela sua amnésia deliberada.”






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