Beirute: Há centenas de “animais de rua em condições muito más”, alertam veterinários portugueses
Os veterinários Mário Ferreira e Rúben Cândido foram a Beirute, um mês depois das explosões que assolaram a capital do Líbano. Depararam-se com uma grande falta de recursos e de animais abandonados nas ruas, à procura de comida.
Na “tentativa de fazer algo que ainda não tinha sido feito”, os dois veterinários portugueses, preocupados com o estado dos animais, foram a Beirute para cuidar sobretudo de cães e gatos, que não são, neste momento, uma prioridade na crise que a cidade enfrenta, devido às explosões no porto de Beirute.
“O que viemos tentar fazer foi mudar a vida de alguns animais e de algumas pessoas, porque já nos aconteceu acabarmos a ajudar animais cujos donos vivem em bairros muito pobres e não têm trabalho”, contou Rúben Cândido em declarações à TSF.
Actualmente, na capital do Líbano, um simples saco de ração pode custar mais de 100 euros.
Apesar de muitos animais feridos já terem sido tratados, há ainda muitos a vaguear pelas ruas, abandonados.
“Há uma imensidão de animais de rua em condições muito más, não só na cidade de Beirute como em todo o país, e, em bairros muito pobres, há uma grande concentração de animais porque as pessoas vão despejando restos de comida”, disse Mário Ferreira, também ouvido pela TSF.
Há vários pedidos de ajuda por parte de quem não tem condições para tratar dos animais. “Sentimos muita gratidão por parte de quem nos rodeia, vêm ter connosco muitas pessoas com animais e sem forma de os manter e cuidar”, acrescentou Mário Ferreira.