Se tiver pesetas em casa, dê uma vista de olhos: há exemplares que atingem 36 mil euros em leilões

A numismática mantém-se uma atividade entusiasmante entre os colecionadores… mas também pode ser rentável: há moedas e notas antigas que ganharam destaque devido à revalorização que alcançaram nos últimos tempos, indicou esta sexta-feira o jornal espanhol ‘El Economista’.

Normalmente são peças que no mercado de colecionadores ou em leilões, que adquirem valor desde que tenham algum tipo de particularidade ou detalhe: atente-se o caso de um moeda de 5 pesetas, de Espanha, que pode fazer-lhe render uma boa quantidade de dinheiro.

Em 2021 terminou o prazo que o Banco de Espanha estipulou para trocar as antigas pesetas por euros. Apesar da possibilidade, um grande número de pessoas decidiu ficar com os exemplares devido a possíveis valores simbólicos ou para coleção.

Hoje em dia, muitas moedas antigas atingem grandes valores em leilões numismáticos, e se somarmos a isso que o Banco da Espanha estimou que 266.051 milhões de pesetas antigas permanecem ‘em circulação’, é possível que alguma delas cópias podem estar em sua posse. Afinal, de Portugal a Espanha é um ‘pulinho’.

Por isso, se tiver pesetas – ou até escudos – não se desfaça delas pois há exemplares que valem uma fortuna.

Assim, há moedas de 5 pesetas que podem render quase 40 mil euros (mais concretamente, 36 mil euros) em sites de leilões como ‘Foronum’, ‘Ibercoin’ ou ‘Todo Colección’. Porquê tamanha popularidade? De acordo com o ‘Coleccionista de coleccionistas’, a principaz razão prende-se pelo facto de a moeda espanhola ter sido durante muito tempo uma “moeda mundial” – os “Duros de 5 pesetas” foram cunhados entre 1869 até à substituição pelo euro, em 2001.

As 5 pesetas são provavelmente a “moeda fetiche” de um colecionador, o que não é pouco, uma vez que a numismática espanhola é a segunda mais colecionada do mundo, apenas atrás de algumas moedas antigas americanas.

E quais são as ‘campeãs’ nos leilões? Moedas de níquel de 5 pesetas, datadas de 1949, podem valer entre 12 e 36 mil em leilões numismáticos. Mas não é qualquer moeda: para os especialistas, é preciso observar os números estampados na duas estrelas ao redor da palavra ‘cinco’: há cinco combinações diferentes – ’19 49′, ’19 50′, ’19 51′, ’19 52′ e ‘E 51′.

“Se a moeda tiver ’19 49′ ou ’19 50′, e num perfeito estado, pode valer entre 10 e 20 euros. Se encontrarmos o ’51’, pode custar entre 3 e 6 mil euros”, explicaram os especialistas.

E qual sobra? A com a marca 52. “São conhecidos cerca de 14 exemplares, tendo em leilões numismáticos atingido um preço de 36 mil euros em 2011, embora o seu preço mais comum ronde os 20 mil euros”, frisaram.

A explicação? A maioria destas moedas foi derretida. “Em 1951, devido à Guerra do Vietname e ao aumento do preço do níquel devido ao seu uso cada vez mais comum na indústria, concluiu-se que o fabrico custava mais do que seu valor nominal. Portanto, todas as moedas com estrelas 51 e 52 foram derretidos, exceto algumas dezenas. Essas poucas dezenas foram guardadas por colecionadores da época com altíssimo poder aquisitivo e por altas autoridades da ditadura de Franco”, detalhou um especialista em numismática.

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