Se tem crédito habitação, prepare-se para não ter descanso. Taxas de juro vão continuar nos máximos até final de 2024

O combate à inflação por parte das entidades regulatórias parece não abrandar, e a Organização para a Cooperação e do Desenvolvimento Económico (OCDE) vem reforçar isso mesmo, levantando mais preocupações junto dos que têm contratado crédito à habitação.

De acordo com o Outlook da OCDE, o Banco Central Europeu (BCE) vai ainda subir as taxas de juros algumas vezes nas reuniões deste ano, e só apenas em 2024 é que se poderá ver a luz ao fundo do túnel com possíveis cortes.

“Serão necessários vários trimestres de taxas de juros reais prospetivas positivas, e crescimento abaixo da tendência, para reduzir as pressões de recursos de forma duradoura e alcançar uma desinflação sustentada, particularmente onde as pressões de procura são uma importante fonte de inflação”, escreve a OCDE.

Se o BCE continuar com uma subida das taxas de juro de 25 pontos-base nas próximas reuniões (agendadas para 15 de junho, 27 de julho e 14 de setembro), esta atingirá o máximo de 4,25%

“Prevê-se que as taxas de juro de referência na maioria dos países atingiram os seus máximos ou deverão fazê-lo nos próximos meses. Assim que a inflação diminuir e convergir para as metas do banco central, as taxas básicas podem começar a cair em 2024 em algumas jurisdições”, explicam.

Na Zona Euro, onde a inflação subjacente ainda é elevada, a principal taxa de refinanciamento deverá atingir o pico a partir do terceiro trimestre de 2023 e permanecer inalterada até o final de 2024, estima a OCDE.

Os dados do Outlook da OCDE mostram que o impacto do aperto da política monetária começou a aparecer nos mercados financeiro e imobiliário, embora não tenham sido ainda observados sinais claros de uma queda persistente no núcleo da inflação.

 

 

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