Reino Unido: Boris Johnson em queda livre nas sondagens. Oposição ganha terreno
A liderança do primeiro-ministro Boris Johnson nas eleições gerais do Reino Unido foi cortada em mais da metade numa sondagem a dois dias das eleições. Mas mantêm maioria. Resultados de nova sondagem dão aos conservadores maioria de 28 cadeiras. Ainda que a última sondagem projectava uma maioria de 68 para o lado de Johnson.
Os Conservadores ganharão 339 dos 650 assentos da Câmara dos Comuns, os Trabalhistas 231, o Partido Nacional Escocês 41 e os Democratas Liberais 15, de acordo com uma previsão do YouGov na terça-feira, 10 de Dezembro.
Se a pesquisa do YouGov for precisa, sugere que a disputa intensifica-se significativamente antes das eleições de amanhã. Johnson apostou numa votação antecipada na tentativa de obter a maioria para poder forçar o acordo com o Brexit e tirar o Reino Unido da União Europeia até ao final de Janeiro.
O que pode custar a maioria de Boris Johnson
Se o Partido Trabalhista continuar a aproximar-se dos conservadores, poderá ficar aquém da maioria, lançando uma nova turbulência na política britânica e nas futuras relações do país com a EU, ilustra a Bloomberg.
“As margens são extremamente apertadas e pequenas oscilações num pequeno número de cadeiras, talvez por votação tática e a continuada tendência recente ascendente dos Trabalhistas, significa que actualmente não podemos descartar um parlamento suspenso”, Chris Curtis, gerente de pesquisa política do YouGov, disse em comunicado. “Actualmente, existem 85 assentos com uma margem de erro de 5% ou menos.”
“Precisa de todos os votos”
A pesquisa do YouGov usou uma técnica que previu mais de perto o resultado das eleições anteriores do Reino Unido em 2017 do que outras pesquisas padrão. Quando partidos menores são incluídos, o resultado dá aos conservadores uma maioria de 28 cadeiras. Isso é menor do que na iteração anterior da pesquisa, há duas semanas, que projectava uma maioria de 68 para o lado de Johnson.
A modelagem do YouGov mostra Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista da oposição, muito longe de conquistar a maioria. Mas se Johnson não obtivesse a maioria, outros partidos poderiam unir-se para forçá-lo a deixar o cargo, potencialmente substituindo-o por Corbyn, com um mandato para realizar outro referendo do Brexit.
Na terça-feira, Johnson alertou os activistas contra a complacência. “Esta é uma eleição muito, muito disputada, e precisamos de todos os votos”, disse Johnson num evento de campanha em Uttoxeter, no centro da Inglaterra.
Movimento laboral tardio
Sinistramente para Johnson, o YouGov descobriu que os trabalhistas estão a ganhar apoio no final da campanha. Disse que a liderança geral dos conservadores no seu modelo diminuiu de 11% para 9% desde o fim-de-semana. Assim “rápido e atrasado” aumento dos Trabalhista deixa Conservadores alarmados.
A rigidez da corrida, de acordo com o YouGov, significou que uma contagem conservadora dê algo entre 367 – uma vitória confortável – e 311 – outro Parlamento suspenso – estava dentro da margem de erro.
A pesquisa em si pode mudar de comportamento, levando os partidos a realocar recursos e também encorajando os oponentes conservadores a mudarem para o candidato com maior probabilidade de derrotar os conservadores.