Primeiro relatório do grupo de acompanhamento das vítimas de abuso sexual na Igreja é conhecido a 12 de dezembro

O VITA vai apresentar o primeiro relatório a 12 de dezembro, em Lisboa, anunciou esta sexta-feira Rute Agulhas, presidente do grupo de acompanhamento das situações de abuso sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal, em entrevista à rádio ‘Renascença’.

Todos os que pretendam contactar este grupo de apoio podem fazê-lo através do 915 090 000, de segunda a sexta-feira entre as 9h00 e as 18h00, ou por email (geral@grupovita.pt).

Decorrida uma semana desde que a linha telefónica criada pelo grupo VITA, a responsável apontou que “houve muitas chamadas telefónicas, mais até do que os emails”. “Já temos o nosso site ativo, www.grupovita.pt, mas ainda não tem um formulário onde se possa escrever. A breve prazo terá”, esclareceu, sublinhando que atualmente não têm os contactos das vítimas que pedira ajuda previamente – a Comissão Independente não pôde passar a informação por questões de privacidade e confidencialidade. “Estamos a apelar às pessoas que possam precisar de algum tipo de ajuda que nos contactem diretamente. Não temos forma de chegar até elas.”

E contactos de abusadores? “Ainda não, mas muito honestamente não estávamos à espera que começasse tão cedo. Sabemos que pedir ajuda, especificamente para essas pessoas que cometeram ou estão em risco de cometer crimes sexuais, é especialmente difícil. Portanto, não, não fomos contactados até ao momento, mas vamos continuar este trabalho de sensibilização, para chegar junto das diferentes estruturas, para que as pessoas saibam que essa resposta também existe”, referiu Rute Agulhas.

No que diz respeito à prevenção, “ainda estamos a fazer esse mapeamento”, sublinhou a responsável. “Com a Igreja, mas também outras entidades, nomeadamente com a Direção-Geral da Educação, com a Associação Portuguesa de Educadores de Infância, com os Escuteiros. Estamos a estabelecer um conjunto de parcerias e a tentar ver quais é que são as necessidades, para percebermos se efetivamente serão os elementos do grupo que, em algumas circunstâncias, vão sensibilizar e agir de uma forma mais direta junto dos destinatários”, finalizou.