1.500 crianças vão formar laço azul gigante em Lisboa para chamar atenção para maus-tratos

Um total de 1.500 crianças vão formar um gigante laço azul humano, na terça-feira, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, por ser o símbolo do mês da prevenção dos maus-tratos na infância, que decorre durante abril.

A iniciativa, que começa às 09:30, é da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) que, em comunicado, explica que conta com colaboração da Direção-geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e da Câmara Municipal de Lisboa.

A Comissão Nacional explica que para assinalar o mês da prevenção dos maus-tratos na infância promove todos os anos uma campanha de sensibilização contra os maus-tratos, “práticas muito lesivas para as crianças, que podem deixar marcas profundas no seu desenvolvimento”.

“Acontecem em diferentes contextos e são transversais a todos os estratos da população, revestindo muitas formas: negligência, abandono, maltrato físico e psicológico, abuso sexual”, refere o organismo.

Assinala que proteger as crianças é obrigação de todas as pessoas e que, por isso, “é fundamental chamar a atenção da comunidade” para a necessidade de prevenir e combater os maus-tratos.

“Dada a sua maior vulnerabilidade, são especialmente importantes a atenção e a ação de todos os adultos na comunicação de situações que conheçam, dirigindo-se à CPCJ – Comissão de Proteção de Crianças e Jovens – da área de residência da criança”, apela, sublinhando que as CPCJ acompanham, em média, “mais de 70 mil processos”.

Refere também que as CPCJ “desenvolvem uma intensa atividade sobre estas questões” e que, tal como em outros anos, durante o mês de abril haverá por todo o país “dezenas de edifícios e espaços icónicos iluminados a azul”.

De acordo com a Comissão Nacional, o mês contra os maus-tratos, que tem por slogan “Serei o que me deres…que seja amor”, nasce da história de uma avó norte-americana, Bonnie Finney, que em 1989 amarrou uma fita azul na antena do carro em homenagem ao neto, vítima mortal de maus-tratos. A escolha da cor remetia para a cor das nódoas negras no corpo do neto.

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