Ondas de calor: Hospitais e lares sem sistemas de climatização para combater fenómeno

Os hospitais e lares não estão devidamente preparados para combater ondas de calor, uma vez que não têm sistemas de climatização adequados, avança o jornal ‘Expresso’.

Segundo a mesma publicação, apesar de um estudo do INSA ter alertado há 20 anos para este problema, a situação continua por resolver em muitos locais, como o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, onde não há ar condicionado em muitos serviços.

Alguns doentes sentiram-se mal durante a vaga de calor, com complicações clínicas provocadas pela subida abrupta das temperaturas, refere o Expresso, que cita fontes hospitalares, que adiantam que o arrefecimento é feito com “equipamentos portáteis e ventoinhas”.

Situação semelhante acontece na Urgência do Hospital de São José, um dos maiores do país, onde “o sistema não tem capacidade para fazer face às temperaturas exteriores e à ocupação das salas”, relata Ana Fernandes, da Associação Portuguesa de Engenheiros de Frio e Ar Condicionado, citada pelo jornal.

“Alguns hospitais têm problemas estruturais de climatização porque foram construídos há muitos anos. Para as construções novas, a lei estabelece que tem de existir um sistema de climatização, mas para os antigos, que são a maior parte, não, já que não era obrigatório quando foram construídos”, complementa ao ‘Expresso’ o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto.

A situação é ainda mais grave nos lares. “Temos recomendações para unidades de saúde, emitidas pela ACSS ou em diversas portarias que deixam de fora as Estruturas Residenciais para Idosos”, refere Ana Fernandes.

Nestas, a lei só impõe a existência de ar condicionado no licenciamento de novas unidades e, mesmo nesses casos, apenas “quando não estão garantidas todas as condições de ventilação e arejamento dos espaços”, acrescenta.

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