Insolvências dispararam 35% desde o início do ano

Nos primeiros quatro meses de 2024, as insolvências aumentaram 35% face ao mesmo período do ano passado, com o  mês de abril foi o que registou o maior número de insolvências, 416, valor que traduz um incremento de 100% em relação a 2023.

De acordo com os dados da Crédito y Caución, de janeiro a abril de 2024 registaram-se 1.511 insolvências, mais 390 que no exercício anterior.

As declarações de insolvência requeridas por terceiros aumentaram mais de 81% no primeiro quadrimestre do ano, com um total de 303 ações. As declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas aumentaram mais de 108%, com um total de 375 ações (mais 195 do que em 2023). Os encerramentos com plano de insolvência registaram um incremento de 110% no comparativo com 2023, com um total de 21 ações. No período em análise foram concluídos 812 processos de insolvência, mais 48 do que em 2023.

Os distritos do Porto e de Lisboa são os que apresentam o maior número de insolvências: 402 e 351, respetivamente, um aumento de mais de 77% no Porto e de 34% em Lisboa face ao ano anterior.

Registaram-se ainda aumentos em: Guarda (+600%); Ponta Delgada (+200%); Castelo Branco (+150%); Santarém (+75%); Braga (+51%); Viseu (+41%); Faro (+39%); Beja (+17%); Bragança (+14%); Vila Real (+7,7%) e Aveiro (+3,7%). Com decréscimos evidenciam-se os distritos de: Portalegre e Horta (ambos com -50%); Évora (-39%); Leiria (-21%); Madeira (-6,1%); Viana do Castelo (-4,3%) e Setúbal (-3,8%).

Os setores de atividade que registaram aumentos nas insolvências são: Eletricidade, Gás, Água (+100%); Indústria Transformadora (+71%); Telecomunicações (+50%); Hotelaria e Restauração (+37%); Outros Serviços (+36%); Comércio a Retalho (+34%); Comércio de Veículos (+29%); Transportes (+26%); Construção e Obras Públicas (+22%) e Comércio por Grosso (+3,2%). Os únicos setores com variação negativa neste indicador são: Indústria Extrativa (-67%) e Agricultura, Caça e Pesca (-38%).

Já as constituições registaram uma quebra. Nos primeiros quatro meses deste ano foram constituídas 18.512 novas empresas, menos 859 do que no período homólogo do ano passado, uma queda de 4,4%. O mês de abril foi o que registou o menor número de novas constituições – 3.450 – com um decréscimo de 9,3% face a 2023.

Os distritos com mais constituições nos primeiros quatro meses do ano são Lisboa e Porto com 5.650 e 3.220 novas empresas, respetivamente, uma quebra de 12% e 1,4%.

Os setores que até final de abril apresentaram uma variação positiva na constituição de novas empresas são: Indústria Extrativa (+150%); Telecomunicações (+79%); Construção e Obras Públicas (+6,7%); Comércio de Veículos (+4,5%) e Comércio a Retalho (+0,6%). Com variação negativa destacam-se os seguintes setores: Transportes (-27%); Eletricidade, Gás, Água (-20%); Comércio por Grosso (-11%); Agricultura, Caça e Pesca (-7,2%); Indústria Transformadora (-6,2%); Hotelaria e Restauração (-6%) e Outros Serviços (-1,1%).

 

 

 

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