Inflação na China sobe 1% em fevereiro

O índice de preços no consumidor, o principal indicador da inflação na China, aumentou 1%, em termos homólogos, em fevereiro, abrandando significativamente face ao mês anterior, quando subiu 2,1%, indicam dados oficiais hoje divulgados.

O indicador, difundido pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, ficou significativamente abaixo do esperado pelos analistas, que previam um avanço de 1,9%.

O estatístico do GNE, Dong Lijuan, atribuiu a evolução da inflação a “fatores como a diminuição da procura pelos consumidores, após as férias [do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas] ou a oferta adequada do mercado”.

Dong destacou ainda a diferença de datas na celebração do referido feriado, que calhou, em 2022, em fevereiro e, este ano, em janeiro, como um dos fatores que explicam a súbita desaceleração do índice de preços no consumidor.

Face a janeiro, a inflação caiu 0,5%, surpreendendo também os analistas, que esperavam um aumento de 0,2%.

O índice de preços no produtor, que mede os preços industriais, caiu 1,4%, em fevereiro, em relação ao mesmo período do ano anterior. As previsões dos analistas apontavam para -1,3%.

Esta foi a primeira vez, nos últimos três meses, que este índice não regista uma queda, face ao mês anterior.

Dong observou que, em fevereiro a recuperação da produção nas empresas industriais acelerou, aliada a uma melhoria na procura.

O índice de preços no produtor segue há meses uma tendência de queda, em termos homólogos, devido ao efeito base comparativo, depois das fortes taxas de crescimento registadas nos últimos meses de 2021 e nos primeiros meses de 2022.

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