Guerra das vacinas leva mais britânicos a apoiar o Brexit. País “respondeu melhor” à covid-19, indica sondagem

No Reino Unido, o apoio ao Brexit tem-se mantido firme desde o lançamento da campanha de vacinação contra a covid-19 e da disputa com a União Europeia (UE) sobre os fornecimentos de doses, revela uma nova sondagem.

Um inquérito realizado pela Redfield & Wilton para o MailOnline revela que 42% dos britânicos acreditam que o Reino Unido tinha razão em sair da UE, enquanto 38% preferiam ter ficado no bloco. Os restantes 20% responderam “não sei”.

A sondagem realizada a 1500 adultos surge numa altura de tensão entre os líderes da União Europeia e do Reino Unido, que têm disputado sobre exportação de doses de vacinas.

Uma sondagem separada, da Ipsos Mori, aponta que a saída do Reino Unido do bloco permitiu ao país lidar e combater melhor a pandemia. 24% dos inquiridos respondeu que “ganhar controlo sobre as leis” era a principal vantagem do Brexit, enquanto 22% destacou “ser capaz de responder melhor à covid-19”.

No entanto, mais de metade (os restantes 54%) respondeu que a saída do bloco comunitário não teve qualquer efeito na sua vida quotidiana.

O Reino Unido tem tido sucesso com a sua estratégia de vacinação, que se deve, em parte, a um grande esforço de planeamento. Mais de 31 milhões de pessoas receberam, pelo menos, uma dose da vacina contra a covid-19.

No verão, o governo britânico assinou um contrato para a compra de 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca/ Oxford e 30 milhões de doses da vacina Pfizer/ BioNTech.

As compras de vacinas no Reino Unido foram feitas três meses antes da União Europeia. É, por isso, uma história diferente na UE, onde o planeamento começou depois e o lançamento tem sido lento. Apenas cerca de 10% das pessoas na UE receberam até agora uma vacina, em comparação com mais de 35% no Reino Unido.

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