Grupo de 50 profissionais critica resposta do Governo à pandemia e apela à vacinação em massa

Um grupo de 50 profissionais de diferentes áreas redigiu um documento onde apela à vacinação em massa contra a covid-19 e exige uma melhor resposta à pandemia, criticando o Governo português.

O grupo é composto por várias personalidades: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, cientistas, políticos, economistas, matemáticos, juristas, advogados, arquitetos, entre outros. Todos os signatários pedem que “toda a capacidade instalada seja colocada ao serviço de quem está doente”, justificando que “em situações excecionais têm de ser tomadas medidas excecionais”.

“O único motivo é a saúde da população e as insuficiências que se estão a verificar nas respostas que estão a ser dadas”, alerta o documento, a que o Diário de Notícias (DN) teve acesso.

O grupo dos 50 também fez um balanço da resposta do Governo à crise pandémica, pedindo mais rapidez e transparência na tomada de decisões. “O Governo tem vindo a procurar tomar as decisões que mais se ajustam aos desafios que tem de enfrentar, mas fê-lo baseado num modelo de intervenção que, em vez de os antecipar ou prevenir, foi quase sempre reativo e de contenção de danos, acomodando-se às restrições orçamentais”.

Relativamente à vacinação em massa, o grupo de diferentes personalidades considera que o Governo deve investir todos os seus esforços, de modo a acelerar a campanha de imunização e a combater a pandemia. “Sem esquecer”, no entanto, “a logística e a quantidade de profissionais necessários para que no menor espaço de tempo possível se consiga fazer a cobertura da grande maioria da população, considerando os critérios de risco etário, social e epidemiológico”.

“Perante o agravamento da pandemia, verificado nos últimos dias, e que está a levar o Serviço Nacional de Saúde ao limite das suas capacidades, torna-se prioritário responder com todas as soluções ao dispor das autoridades de saúde, de maneira a diminuir drasticamente a escalada de infetados, internamentos e óbitos que se estão a verificar”, alertam ainda.

Alguns dos autores do documento são o ex-presidente do Infarmed José Aranda da Silva, a arquiteta Helena Roseta, a jurista Ana Pratas, o economista José Reis, entre outros.

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