Fernando Medina atacado com tinta verde por ativista climática

Fernando Medina foi atacado esta sexta-feira por uma ativista climática que lhe atirou tinta verde. O ministro das Finanças falava numa aula aberta na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

O governante estava começar a sua intervenção, dando detalhes da proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2024, que está a ser explicada na FDUL, quando uma ativista entrou no auditório, avançou e chegou perto do palco onde estava Medina e, munida de uma pistola de água cheia de tinta verde, começou a disparar contra o ministro das Finanças.

A ativista gritava palavras como “sem futuro não há paz” e acusava o Governo de “roubar o futuro” aos jovens.

Imediatamente, quatro pessoas travaram a jovem, e removeram-na do auditório onde o ministro discursava.

Fernando Medina, prontamente, limpou a cara, que estava coberta de tinta e continuou a intervenção. No entanto, reagiu com ironia: “Ao menos tenho uma apoiante na subida do IUC”, brincou.

Momento em que Fernando Medina leva com uma esguinchadela de tinta verde pic.twitter.com/CS5U05y2QN

— Bilbia mt engarsada (@BilbiaOfissial) October 20, 2023

OMG atiraram tinta verde ao Medina e gritaram “sem futuro não há paz” hj na conferência sobre o OE2024 na FDUL 🫣🫣🫣 pic.twitter.com/xmE5eUspBz

— Gossip Grill 👸🏻 (@gossipgrillfdl) October 20, 2023

Já no exterior do auditório gerou-se grande aparato: a jovem ativista estaria acompanhada de pelo menos cinco outros membros do mesmo grupo, que gritavam palavras de ordem, tendo todos acabado por ser travados, identificados e detidos pela PSP.

O movimento Greve Climática Estudantil reivindicou a autoria do ataque em comunicado, indicando também, que ativou os alarmes de incêndio da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, acrescentando ao caos criado pelo protesto.

Esta é a segunda vez em menos de um mês que um governante é atacado com tinta por ativistas climáticos. A 27 de setembro, durante uma conferência organizada pela CNN Portugal, Duarte Cordeiro foi atingido por ovos cheios de tinta verde.

O protesto de hoje acontece escassos momentos após se conhecer a sentença de três ativistas do grupo Climáximo, que atacou anteriormente Duarte Cordeiro, que foram esta sexta-feira condenadas, em coautoria, de atentado à segurança do transporte rodoviário,​​ por terem​ cortado a circulação na rua de São Bento, em Lisboa, num dos muitos protestos que os elementos têm organizado nas últimas semanas. Com as três ativistas condenadas a 600 euros de multa pelo crime, o grupo adianta que vai organizar eventos, como concertos, de forma a angariar o dinheiro para efetuar o pagamento determinado em tribunal.

Duarte Cordeiro foi a primeira ‘vítima’

O ministro do Ambiente e Ação Climática começava a sua intervenção, moderada pelo jornalista Pedro Santos Guerreiro, quando o primeiro recipiente com tinta foi atirado, atingindo o ecrã atrás do ministro. Seguiu-se novo arremesso, que atingiu Duarte Cordeiro, manchando-o com tinta verde.

Logo se levantaram da plateia três ativistas, que gritavam “Sem futuro não há paz” e “o nosso Mundo não é um negócio” enquanto atiravam mais tinta ao ministro.

“Faz parte”, diz Duarte Cordeiro, enquanto se levantava, e as ativistas criticam o evento “patrocinado pela Galp e pela EDP”, empresas cujos diretores-executivos estavam a assistir à conferência.

As ativistas acabaram identificadas pela PSP. A conferência foi depois momentaneamente interrompida antes de continuar a intervenção de Duarte Cordeiro, já sem gravata ou blazer, que ficaram manchados com tinta.

Defendeu depois que “estas formas de manifestação não resultam” e contribuem para que a causa climática “perca apoio social”.

O ministro mostrou ainda algum humor, dizendo “pelo menos acertaram na cor, é verde, que é uma cor que aprecio”, fazendo referência ao facto de ser adepto do Sporting.

 

Ministro do Ambiente atacado com tinta por ativistas climáticos durante conferência

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