EUA, Grã-Bretanha e Ucrânia estão por trás do ataque à sala de concertos em Moscovo, acusa chefe de espionagem da Rússia

O responsável pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), Alexander Bortnikov, acusou, esta terça-feira os Estados Unidos, o Reino Unido e a Ucrânia de responsabilidades no ataque terrorista na sala de concertos Crocus City Hall, nos arredores de Moscovo, que provocou a morte de 139 pessoas.

O chefe dos serviços de Inteligência russo não apresentou, no entanto, qualquer prova da acusação, feita na sequência de uma reunião no gabinete do procurador-geral da Rússia, esta terça-feira.

“Acreditamos que isto é verdade [o envolvimento de EUA, Reino Unido e Ucrânia no atentado]. Em todo caso, estamos a falar agora da informação factual que temos. Esta é uma informação geral, mas eles têm um longo historial deste tipo”, sublinhou Bortnikov, citado pela agência estatal russa ‘TASS’.

Recorde-se que o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade do ataque, depois de o Ocidente ter garantido que o ISIS-K, braço afegão do Daesh, teria responsabilidades no ataque terrorista.

As autoridades da Rússia têm reiterado a crença sobre o envolvimento de Kiev no atentado, mesmo depois de o Estado Islâmico ter assumido o ataque. Essa mensagem foi reforçada pelo chefe da espionagem russa, que afirmou que a Ucrânia, com apoio do Ocidente, já teria mostrado capacidade de operar em território russo, afirmando que os últimos meses de ofensivas através de drones e grupos paramilitares seriam uma evidência de que o último atentado poderia ter relação com o país.

“O que se espera que façam para demonstrar a sua capacidade? Espera-se que realizem sabotagem e atos terroristas na retaguarda. Isto é o que pretendem tanto os chefes dos serviços especiais da Ucrânia como os serviços especiais britânicos. Os serviços especiais dos EUA têm repetidamente mencionado isso também”, frisou Bortnikov.

Recorde-se que o presidente russo, Vladimir Putin, assegurou esta segunda-feira que o ataque terrorista foi conduzido por radicais islâmicos, embora tenha repetido a informação de que os agressores planeavam fugir para a Ucrânia antes de serem presos.

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