Covid-19: Líderes europeus alertam para agravamento da pandemia. Situação é «extrema»
Os líderes europeus alertaram para os meses difíceis que se avizinham, à medida que o ressurgimento de novos casos de covid-19 obriga as governos a imporem novas restrições para tentarem travar a propagação do vírus.
A notícia de que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em conjunto com a AstraZeneca, produziu respostas imunitárias tanto em idosos como em jovens foi uma novidade positiva.
Contudo, o Secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, advertiu que a vacina só estaria amplamente disponível no próximo ano. “Ainda não estamos lá”, disse, citado pela agência Reuters.
Em vários países da Europa, as infeções crescem para números ‘recorde’. A França, por exemplo, registou mais de 50.000 casos diários pela primeira vez este domingo, enquanto o continente ultrapassou o limiar das 250.000 mortes.
Os governos têm evitado ao máximo implementar novos confinamentos generalizados, tal como aconteceu na fase inicial da pandemia, devido ao impacto económico que a restrição implica. O aumento constante de novos casos levou os governos a introduzirem outras medidas para conter a covid-19, como o recolher obrigatório.
“Estamos a enfrentar meses muito, muito difíceis”, disse a Chanceler alemã, Angela Merkel, numa reunião de líderes do seu partido democrata-cristão, segundo a edição desta segunda-feira do jornal Bild.
Embora a Alemanha se tenha ‘saído’ relativamente bem, em comparação com outros países da Europa, também assistiu a um forte aumento dos casos e o índice do clima empresarial do Ifo caiu esta segunda-feira, refletindo as preocupações com o novo coronavírus.
Em Espanha, que já registou mais de 1 milhão de casos da doença, o chefe de Governo, Pedro Sánchez, avisou que o país estava a enfrentar uma situação “extrema”, ao anunciar um novo estado de emergência no domingo, impondo recolher obrigatório local e proibindo deslocações entre regiões em alguns casos.
A Itália, o país mais atingido na fase inicial da pandemia, em Março, impôs também novos recolheres, ordenando o encerramento de restaurantes e bares a partir das 18 horas e fechando as salas de cinema, e ginásios e impondo recolheres locais em várias regiões.