Cientistas repetem produção de energia através da fusão nuclear. E desta vez com maior sucesso

Cientistas norte-americanos conseguiram, pela segunda vez na história, obter um ganho líquido de energia numa reação de fusão nuclear. A conquista é mais um passo em direção ao conho de uma energia com zero emissões de carbono e ilimitada.

O feito, que tentava ser alcançado desde 1950, foi conquistado em dezembro do ano passado, quando os investigadores conseguiram produzir mais energia na reação do que a que é gasta (ignição).

Foi agora revelado que, novamente, os investigadores do Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, a 30 de julho conseguiram repetir a experiência, e desta vez com ainda melhores resultados: foi produzida mais energia do que na tentativa anterior, segundo indicam fontes com conhecimento dos resultados preliminares ao Financial Times.

Novamente, a experiência foi deita numa instalação de lasers, e ainda é necessária uma análise cuidada dos resultados.

“Desde a demonstração da ignição por fusão pela primeira vez no National Ignition Facility em dezembro de 2022, continuamos a realizar experiências para estudar este novo e empolgante regime científico. Numa experiência realizada em 30 de julho, repetimos a ignição no NIF”, indica o laboratório norte-americano, em comunicado, indicando que os resultados da analise serão divulgados em breve em publicações científicas e conferências.

A fusão nuclear é atingida através do aquecimento de dois isótopos de hidrogénio, normalmente deutério e trítio, a temperaturas extremas que levam a que os núcleos se fundam, libertando hélio e grandes quantidades de energia , sob forma de neutrões.

Centrais de energia de fusão ainda são uma miragem, mas o potencial e o que representa para o planeta, pressionado para a redução de emissões de gases de efeito de estuda e com a ameaça representada pelos combustíveis fósseis, é inegável.

A abordagem que os cientistas normalmente mais acolhem é a do confinamento magnético, em que ímanes são usados para ‘segurar’ o combustível no lugar, á medida em que este é aquecido a temperaturas mais altas do que o Sol.

Já o NIF usa uma técnica diferente: o confinamento inercial, O maior laser do mundo é disparado numa ínfima cápsula de combustível, o que provoca uma implosão.

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