Tesla de Elon Musk despede 14 mil trabalhadores: tom frio da carta faz ‘chover’ críticas

A Tesla, marca de veículos elétricos detida por Elon Musk, avançou com um despedimento de mais de 14 mil funcionários, o que representa 10% da sua força de trabalho global – medida que foi justificada como um paliativo para os piores resultados da história do fabricante automóvel.

Pela primeira vez desde a sua criação, a Tesla vendeu menos carros elétricos do que no mesmo período do ano anterior: para agravar o cenário, a marca tem estado envolvida numa grande incerteza em torno da estratégia de futuro – divide-se entre continuar a fabricar um veículo elétrico barato ou focar-se no desenvolvimento do robotáxi.

Para acalmar os acionistas, a Tesla teve de tomar medidas para acalmar os acionistas, o que significou más notícias para os funcionários. Agora, de acordo com o jornal espanhol ‘El Economista’, foi conhecida a carta através da qual a empresa informou os ex-funcionários da decisão: partilhada nas redes sociais, não demoraram as críticas pela frieza com que os trabalhadores foram dispensados, muitos dos quais fundamentais para a marca automóvel avançar em tempos difíceis, com turnos que chegaram a até 24 horas.

“Entro em contacto para informá-lo de que, após uma cuidadosa revisão do seu contrato de trabalho e da sua função, foi determinado que não existe nenhuma alternativa razoável para que continue a desempenhar as suas funções essenciais”, refere a carta.

“A próxima etapa do processo interativo é a procura alternativa de emprego (processo AJS), que consiste na revisão dos quadros internos e externos da Tesla para identificar possíveis vagas”, indica. “Dadas as recentes mudanças na empresa, também não prevemos a ocorrência de vagas deste tipo no curto prazo. Assim, informamos que pretendemos concluir o processo de AJS neste momento. Como não identificámos uma posição alternativa disponível, começaremos a processar a sua saída da Tesla a partir de 3 de maio.”

Em momento algum a carta utiliza a palavra “despedimento”, mas sim alega que atualmente e no futuro os afetados não têm nada com que contribuir e que, portanto, estão a dispensar os seus serviços.

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