Aumento das temperaturas “pode justificar” regresso à situação de contingência, admite presidente do IPMA

O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Miguel Miranda, admite que a subida das temperaturas, prevista para esta quarta-feira, “pode justificar” o regresso de Portugal à situação de contingência.

Em entrevista à ‘Renascença’, o responsável refere que a onda de calor, “esse episódio, de quadro sinótico, terminou este fim-de-semana”, não se prevendo que os valores cheguem aos da semana passada.

Ainda assim, está prevista uma subida, que “pode justificar” o regresso ao estado de contingência. “Pode justificar. É mais uma questão de gestão de meios. Repare: nós saímos de uma situação de contingência, mas continuamos em alerta”, aponta. “Têm de ser feitas as mesmas restrições à atividade nas zonas florestais”, acrescenta.

Apesar disso, para Miguel Miranda Portugal não pode estar sempre em alerta vermelho. É preciso “assinalar as épocas mais duras, mesmo quando às vezes as épocas menos duras são, igualmente, difíceis”, defende à estação.

“É preciso sempre modelar o perigo dos acontecimentos naturais, de forma que se reforce a nossa posição, quando eles são ainda mais duros”, aponta o presidente do IPMA.

Sobre o futuro, ainda que não arrisque fazer previsões, o responsável mostra-se preocupado. “Temos um grande nível de preocupação, não vou negar. Foi um dos anos hidrológicos mais secos da série”, sublinha.

“Portanto quando começamos o verão já em défice hidrológico, em quase todo o continente, é óbvio que estamos com grande preocupação sobre o estado em que vamos chegar aos meses de setembro, outubro”, alerta.

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