ISAG: Novas profissões, novas competências: “Desafios à vista”

Todas as transformações que o desenvolvimento industrial trouxe para as sociedades, fizeram com que tudo o que surge no mercado tenha a necessidade de se reinventar constantemente. Nas últimas décadas, são visíveis as mudanças na esfera do trabalho. Aliás, o conceito de empregabilidade do presente e do futuro exige respostas assentes em desenvolvimento de novas competências e, em particular, em novas responsabilidades tanto para o colaborador, como para a organização.
Com o avanço da tecnologia e as mudanças no mercado de trabalho, as profissões ditas clássicas irão desaparecer? Na verdade, referem alguns experts que poucas serão as profissões que desaparecerão. O que está em causa, na verdade, é que a maioria dessas profissões mudará com o aumento da especialização, da expertise, para poder atender às novas exigências do sector.
Não há dúvidas de que algumas profissões irão surgir ou assumir uma importância vital nas empresas que utilizam cada vez mais a informática. As ditas novas profissões estão associadas à inteligência artificial, à realidade virtual: CyberSecurity, BigData, Criptomoeda, Bioinformática, Energias renováveis, Saúde digital, entre outros. Por outras palavras, as novas oportunidades de trabalho requerem novas competências exigindo aos profissionais que melhorem nomeadamente: a) o saber identificar e analisar informações/problemas mais complexas/avançadas; b) o desenvolver soluções criativas e eficazes; c) o saber lidar e gerir as componentes relativas à inteligência emocional; e c) o reconhecer e cuidar da consciência social e cultural das equipas de trabalho.
Estas competências/habilidades são fundamentais para as profissões do futuro, que serão cada vez mais dinâmicas e exigentes em termos da aplicação prática e pragmática do conhecimento. Embora possam existir ainda empresas num processo de adaptação às mudanças no mercado de trabalho, e menos focadas nas competências dos seus colaboradores, as escolas de negócio, como é o exemplo da ISAG – Executive Academy, mas também certas empresas estão altamente comprometidas com a capacitação do potencial humano para corresponder à exigência das novas competências das referidas mudanças em curso no mercado de trabalho.
O conceito Soft Skills tem sido utilizado em contextos muito diversos e reconhecido actualmente como elemento vital face a uma economia globalizada e altamente competitiva. A melhor forma de preparar reais e potenciais colaboradores para as exigências do mercado de trabalho, presente e futuro, consiste em desenvolver não só as competências técnicas assimiladas no contexto da academia ou laboral, mas também, e ao mesmo tempo, as de cariz pessoal e relacional. Desenvolver as Soft Skills exige uma apropriação da aprendizagem com consciência, consistência e capacidade crítica e reflexiva, desenvolvendo competências quer no domínio da resolução de problemas e conflitos como na capacidade de tomar decisões. Se não se fizer firmemente essa aposta, são sérios os desafios que se colocam às novas competências das novas profissões.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “MBA, Pós-graduações & Formação de Executivos”, publicado na edição de Maio (n.º 206) da Executive Digest.