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XXXII BARÓMETRO EXECUTIVE DIGEST: Pedro Afonso, Vinci Energies Portugal

A análise de Pedro Afonso, CEO da Vinci Energies Portugal

O velhinho VUCA parece regressar à nossa realidade. Das famílias ao Estado, a sucessão de eventos recentes, desde 2020, trazem-nos algum cansaço e alguma falência de partes do nosso tecido económico-social. A distância do tempo julgará – uma vez mais – a nossa competência enquanto empreendedores que somos, em momentos de forte aperto. Acredito que o segredo para sair de uma crise pode estar em parte na nossa capacidade de adaptação, mas o crescimento depois de sair dela depende mais da nossa ambição pessoal e coletiva. Moderada pela ética e responsabilidade social, claro. Neste barómetro pressente-se uma “ambição prudente” nas empresas e suas lideranças. A exposição ao mundo, ao digital exponencial, à transição climática e à mais que falada crise do talento, são já velhos conhecidos. Porém a nossa escala e idiossincrasia fiscal ou orçamental continuam a ditar um contexto insofismável para os que por cá querem mais e melhor, para os seus negócios e pessoas. De pouco servirão mais doutores e engenheiros, líderes e gestores, políticos ou ativistas empresariais, se a ambição e realização técnica portuguesas não forem as melhores, sempre. No público, no privado e até no social. A oportunidade de financiamento é derradeira, mas existe e é ímpar. Com a ambição certa, com a liderança certa, a confiança recupera-se. De onde: mãos à obra, já! Mas… vamos mesmo por as mãos na obra?

Testemunho publicado na edição de Outubro (nº. 211) da Executive Digest, no âmbito da XXXII edição do seu Barómetro.