OE2025: Expansão dos metros do Porto, Lisboa e Mondego com 625 milhões de euros

A expansão das redes do Metropolitano de Lisboa, do Metro do Porto e do Mondego é aposta do Governo com uma dotação de 625 milhões de euros segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

De acordo com a proposta hoje entregue no parlamento, o Governo PSD/CDS-PP irá continuar a apostar na mobilidade verde, com a expansão das redes do metro de Lisboa, com mais 23 estações e 17,5 quilómetros de rede, e do metro do Porto, com um total de 28 novas estações e paragens, combinando o metro e o BRT (autocarros de hidrogénio) Boavista – Império.

No documento, para o Metropolitano de Lisboa, expansão da linha vermelha até Alcântara, está previsto um investimento de 133 milhões de euros, uma verba que quase duplicou em relação ao orçamento anterior (71 milhões de euros).

Para a expansão entre o Rato e Cais do Sodré, o Governo dotou 83 milhões de euros, menos um milhão que no OE2024.

Para o Metro Ligeiro de Superfície Odivelas/Loures estão previstos 173 milhões de euros.

Em relação à expansão do Metro do Porto estão afetos no OE2025 um total de 200 milhões de euros: 35 milhões de euros para a linha Amarela e Rosa, e 165 milhões de euros para a linha Casa da Música – Santo Ovídio. Já para o BRT Boavista – Império são 18 milhões.

Para o Sistema de Mobilidade do Mondego, a proposta do Governo destina 17 milhões de euros, uma verba que desceu em relação ao Orçamento do ano passado, que destinou 41 milhões.

A proposta do Governo refere ainda um estudo para as linhas da Trofa, Maia II, Gondomar e São Mamede, além da entrada em operação do Metro do Mondego, com duas linhas e 42 estações.

Em paralelo, as políticas de transporte terão um reforço dos incentivos à utilização de transportes públicos, com a implementação do Passe Ferroviário Verde e do Passe Social, além do alargamento de um passe gratuito para jovens até aos 23 anos.

Na expansão da rede do metro de Lisboa até Alcântara (um dos investimentos previstos no PRR – Plano de Recuperação e Resiliência) estão previstas quatro novas estações e o prazo de execução da obra que está definido em contrato é o final de 2026.

A obra abrange uma extensão de cerca de quatro quilómetros e quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.

A estação de Alcântara fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).

O financiamento do PRR prevê um investimento no Metropolitano de Lisboa de 400 milhões de euros para a expansão da Linha Vermelha, de São Sebastião até Alcântara, e 250 milhões de euros para a nova Linha Violeta (metro ligeiro de superfície) entre Odivelas e Loures, num total de 650 milhões de euros.

O metro entre Odivelas e Loures estará operacional em 2026 e contará com 11,5 quilómetros e 17 estações (12 delas à superfície, três subterrâneas e duas em trincheira), entre o Hospital Beatriz Ângelo e o Infantado, em Loures, com ligação ao centro de Lisboa a partir da atual estação de Odivelas.

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