Ensaio. Mazda MX-30 R-EV: desenho de SUV num formato coupé

A Mazda lançou o seu SUV híbrido plug-in com o motor rotativo que há muitos anos utiliza nos seus modelos, embora aqui a funcionar – ao abrigo da eletrificação – de um modo completamente diferente do habitual onde o pequeno motor a combustão alimenta o motor elétrico.

O MX-30 possui várias versões, entre elas uma elétrica. Mas esta utiliza o motor a combustão unicamente para carregar a bateria onde, com carga máxima lhe permite atingir quase os 85 km, suportados por um motor de 830 cc com 75 cavalos.

Segunda a marca o cliente típico deste veículo é aquele que o utiliza maioritariamente numa utilização citadina e, ao fim de semana, para as suas viagens.

O Mazda MX-30 R-EV é um automóvel esteticamente diferente do habitual que encontramos no mercado, pois o seu desenho combina aquilo que a marca denomina da ligação ao ser humano e também ao planeta. A zona dianteira possui os dois faróis circulares colocados nos extremos da carroçaria, o que, juntamente com uma grelha na parte superior retilínea e um capot que parece suspenso, lhe dão um aspeto desportivo, robusto e elegante; mas também que é um veículo largo e com um baixo centro de gravidade mesmo sendo um SUV.

A zona lateral do Mazda também ela é diferente pois o seu formato é o de um coupé com a grande diferença que as portas posteriores abrem em sentido contrário e, sem qualquer puxador exterior. Este desenho diferente do habitual termina numa traseira também ela com faróis circulares nas extremidades.

Também o interior é diferente do habitual, pois para começar as portas abrem a 90º e são vários os tecidos produzidos a partir de produtos reciclados e sustentáveis, onde uma grande parte dos plásticos são moles e com uma qualidade de construção acima da média para o segmento, com os bancos em três tons, num misto de pele sintética, tecido reciclado e tecido sustentável com pespontos das costuras em castanho.

A consola central flutuante é muito interessante e com bastante arrumação, forrada a cortiça portuguesa mas não apresenta ainda um carregamento por indução para os telemóveis. O acesso aos bancos posteriores exige habituação sendo que, depois, encontramos nas costas do banco dianteiro dois botões para regular o espaço disponível para os ocupantes traseiros.

A conjugação das cores patentes, pelo menos neste modelo, e o tipo de materiais utilizados demonstram a preocupação cada vez maior das marcas na sustentabilidade. Durante o ensaio veio-me à memória o que em dezembro a marca nos referiu na apresentação: a simbiose entre o homem e a máquina está bem patente nesta viatura.

A marca apresenta três modos de condução, sendo que na realidade para Portugal só dois deles fazem sentido: o elétrico e o normal. O modo Charge serve para todas as cidades, vilas ou aldeias onde não é possível circular sem ser em modo elétrico. E, para isso,  o que o modelo permite é carregarmos a bateria antes de entrar neste local e depois usar o modo 100% elétrico.

Em termos dinâmicos o MX-30 apresenta uma boa insonorização e um pisar sólido, onde volto a perceber que existe aqui qualidade de construção e de materiais. Em termos dinâmicos o curvar é rigoroso e a direção transmite o feeling correto da estrada. A suspensão filtra bem as irregularidades da estrada.

Em termos de consumos e, quando temos carga na bateria os consumos rondam os  3,4l , sendo que após isso sobem.

Para este modelo muito bem equipado, com os vários sistemas de segurança ADAS bastante bem parametrizados (onde destaco os avisos de proximidade de viaturas no ângulo morto e também o sistema de manutenção na faixa de rodagem), apresenta um preço final de 47.000 €.

 

 

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