Argentina proíbe criptomoedas. Banco Central quer mitigar riscos dos ativos digitais
O Banco Central da República Argentina proibiu que as entidades financeiras do país realizassem ou facilitassem operações com ativos digitais, incluindo criptomoedas, aos seus clientes.
“As entidades financeiras não podem realizar ou facilitar aos seus clientes a realização de operações com ativos digitais, inclusive criptoativos e aqueles cujos rendimentos são determinados com base nas variações que registam, que não sejam regulamentadas pela autoridade nacional e autorizadas pelo Banco Central da República Argentina”, refere a entidade em comunicado.
De acordo com o Banco Central argentino, esta medida visa mitigar os riscos associados às operações com esses ativos que possam ser gerados para os utilizadores de serviços financeiros e para o sistema financeiro como um todo.
Esta decisão da instituição vem depois de o Banco Galicia ter ativado uma opção na sua aplicação de ‘home banking’ para que os clientes pudessem comprar e vender criptomoedas, sendo a primeira entidade do o país a permitir esta opção.
O Banco Central da República Argentina relembra ainda em comunicado alguns dos riscos associados à utilização de criptomoedas, como é o caso da sua elevada volatilidade, dos riscos associados a perturbações operacionais e ciberataques, branqueamento de capitais/financiamento do terrorismo, entre outros.
Apesar de existirem desde 2009, nos últimos tempos, as criptomoedas têm estado sob os holofotes dos investidores e dos governos, à medida que estas moedas digitais conquistam cada vez mais o interesse dos mercados, empresas e Estados, fazendo por isso aumentar, em alguns casos para níveis sem precedentes, os seus valores. A maior parte dos países não ilegalizou a Bitcoin ou outras criptmoedas (altcoins, alternativas à Bitcoin), mas vários aplicaram restrições à sua utilização.