CEO da Intel lança alerta sobre prolongamento da escassez global de chips
O CEO da Intel, Pat Gelsinger, alertou esta sexta-feira para a possibilidade de a atual escassez global de chips se estender pelo menos até 2023.
“Estamos no pior momento; a cada trimestre do próximo ano, ficaremos cada vez melhores, mas não haverá equilíbrio entre oferta e procura até 2023”, disse Gelsinger, numa entrevista concedida à ‘CNBC’.
A empresa anunciou uma quebra de 2% na receita do Client Computing Group que fabrica os seus chips para desktops e laptops, a par de uma queda de 5% nas vendas de notebooks que justifica com as “restrições do ecossistema de notebooks”, dado que as empresas de laptop não têm peças suficientes para todos.
Noutros relatórios, analistas mencionam a escassez de componentes como um fator-chave na desaceleração recente das vendas de laptops.
Parte do problema nem sempre é a escassez de chips especificamente, mas sim combinações de peças, de acordo com o Gelsinger.
Contudo, parte dessa quebra foi compensada pelo crescimento em PCs desktop, um segmente em que a Intel gerou receitas de 20%, apesar de não ter sido o suficiente para compensar a queda nas vendas de notebooks.
A Intel registou um aumento de 5% da sua receita total ano a ano para 15,55 mil milhões de euros, apesar da quebra das vendas de laptos, impulsionada pelo crescimento nos seus centros de dados, “internet das coisas”e grupos Mobileye.