Um recente estudo do Eurobarómetro revelou a preocupante falta de conhecimento financeiro entre os cidadãos portugueses. O estudo, que abordou questões cruciais relacionadas a taxas de juro, inflação e diversificação de risco, revelou que apenas 36% dos participantes conseguiram responder corretamente às três perguntas fundamentais.
De acordo com os dados coletados em 2023 e divulgados pela Comissão Europeia, Portugal figura como o penúltimo país com o pior conhecimento financeiro entre os membros da União Europeia.
A importância do conhecimento financeiro não pode ser subestimada, uma vez que está intrinsecamente ligada a métricas fundamentais para a saúde financeira individual e coletiva. Estudos anteriores demonstraram que um maior conhecimento financeiro está associado a uma maior acumulação de riqueza ao longo da vida, maiores retornos de investimento e uma maior capacidade de enfrentar despesas inesperadas.
No entanto, a relação entre conhecimento financeiro e bem-estar financeiro é complexa. Enquanto alguns estudos sugerem que um maior conhecimento está correlacionado a um maior bem-estar financeiro, outros apontam para uma relação inversa, indicando que o conhecimento por si só não garante comportamentos financeiros saudáveis.
Além disso, a confiança no conhecimento financeiro parece desempenhar um papel crucial no bem-estar financeiro individual. Estar confiante no próprio conhecimento financeiro pode ter um impacto mais significativo no bem-estar financeiro do que o conhecimento em si.
Investimentos em educação financeira e programas de conscientização podem desempenhar um papel crucial na melhoria da literacia financeira e, por consequência, na qualidade de vida financeira dos cidadãos portugueses.














