Ser rico não é ter muito dinheiro!

Por Nelson Pires, General Manager da Jaba Recordati

Bill Gates da Microsoft, afirmou de forma sábia, em determinada circunstância, que ser rico não é ter muito dinheiro mas gerar riqueza. Através de trabalho árduo, estudo, dedicação, estratégia, inovação e por vezes alguns sorte. Há pessoas muito ricas, apenas ainda não têm muito dinheiro.
Um dos maiores desafios da nossa sociedade é erradicar o esquerdismo ideológico que defende que criar empresas, trabalhar, crescer, criar emprego, assumir riscos e/ou especular, empreender, pagar impostos e fazer planeamento fiscal legal, gerar e acumular riqueza através do trabalho ou do capital, é algo de que se tem que ter vergonha. Não é!
Os defensores duma economia planificada encapotada num “elevador social” através dos apoios do estado, são quem critica e defende que “se devem acabar com os ricos (em vez de acabar com os pobres)”. Só que estes críticos e opinadores, são aqueles que nunca produziram nada, que se aproveitam da “Churchillian drift” para ter “soundbite” e logo não compreendem o quanto custa ter sucesso e “ser rico”. Conseguem converter um sentimento comum numa embalagem de sabedoria portátil que facilmente convence os mais desprotegidos criando estereótipos como “os ricos fogem aos impostos”. Têm a consistência, densidade e sofisticação de um provérbio popular, ou de um dito de Bocage mas é agradável de ouvir para a maioria e assenta em alguns exemplos reais que tomam a parte pelo todo.
O risco deste pensamento minimalista são os extremos, populares na esquerda mais radical e agora a vulgarizar-se na direita mais extremista. Com estereótipos distintos mas que aproveitam os episódios do dia a dia para vender a dita sabedoria portátil de forma fácil. O elevador social não funciona com apoios do estado, prove a justiça social. O estado apenas deve regular as instituições, promover a ética comunitária, corrigir problemas sociais e proporcionar condições mínimas de vida a algumas pessoas. Mas isso não é o elevador social, pois este funciona com tudo aquilo que é necessário para se ser rico e afirmei atrás (que não inclui o estado intervencionista ou colectivista). Falo de “rico” no sentido de prosperidade e capacidade de gerar valor e riqueza, material e imaterial; para si e para os outros. Mas disto, os opinadores sabem muito pouco!