Secretário de Estado do Trabalho sublinha que “estamos confrontados com salários historicamente baixos”

O Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, destaca que o tecido empresarial nacional está confrontado com “salários historicamente baixos”, no entanto, diz que este modelo se esgotou e que temos que nos tornar competitivos perante outras nações.

Durante a conferência “Que profissionais teremos amanhã?” organizada pela AHRESP na Alfândega do Porto, Miguel Fontes falou em representação da Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e destacou que a questão da competitividade de Portugal com outras nações se centra nas questões das remunerações e qualificações.

“Portugal só evolui com profissionais qualificados e a pagar melhor a quem trabalha”, sublinhou.

“Em muito pouco tempo deixamos de falar de trabalhadores para começar a falar em talento, o que representa um incremento societário” pois, segundo Miguel Fontes, já “não estamos a falar de um fator produtivo, de capital humano, mas sim de talento, o que significa que no centro das nossas organizações a procura pela excelência do desempenho”.

O Secretario de Estado do Trabalho destaca a necessidade de criar condições para aqueles que trabalham, nomeadamente no que respeita a remunerações.

Por outro lado, sublinha a importância de conseguir atrair os jovens para o mundo do trabalho através da valorização salarial da oferta de perspetivas de carreira. “Temos que tornar estas profissões atraentes”, disse Miguel Fontes, destacando o programa Ativar.pt do Governo que permite às organizações contratar profissionais no desemprego através de um apoio financeiro, e convida as entidades empregadoras a oferecer passagens de contratos a termo certo a sem termo ou a termo maior.

Miguel Fontes destaca contudo os números do desemprego em Portugal que estão a diminuir e, confessa, os números de março serão ainda melhores do que nos meses anteriores.

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