Rússia acusa Arménia de pretender romper relações

A Rússia acusou hoje a Arménia de procurar romper os laços cada vez mais fragilizados entre os dois países, num momento e que Erevan questiona a função de Moscovo como garante da segurança regional.

O pequeno país do Cáucaso – cujas relações se mantinham extremamente tensas com o Azerbaijão, o seu vizinho turcófono, após a queda da União Soviética e em torno do enclave do Nagorno-Karabakh –, acusou a Rússia de não ter atuado para o auxiliar quando a guerra voltou a eclodir em 2020.

“A liderança arménia, sob falsos pretextos e ao manipular a história dos três últimos anos, conduz deliberadamente à rutura das relações com a Federação da Rússia”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, em entrevista aos ‘media’ russos.

A Arménia admitiu recentemente que poderia abandonar o Tratado de Segurança Coletiva, uma aliança de antigas repúblicas soviéticas impulsionada pela Rússia.

O primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, definiu de “ineficazes” as alianças securitárias do país após o Exército azeri ter retomado o controlo em setembro passado do enclave do Nagorno-Karabakh, um território azeri disputado e que a maioria arménia separatista controlava com o apoio de Erevan desde o início da década de 1990, na sequência de um conflito armado.

As forças russas de manutenção da paz tomaram posição entre os beligerantes após uma breve guerra em 2020, mas não impediram que o Exército azeri retomasse em setembro passado o controlo pela força deste território.

No final de 2023 a Arménia boicotou uma cimeira do Tratado de segurança coletiva, com Nikol Pachinian a acusar a organização de falhar nas suas obrigações.

Desde então, a Arménia tem vindo a reforçar as relações com outros atores internacionais, em particular a França e os Estados Unidos.

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