Ministra da Saúde aceita demissão do Diretor Executivo do SNS

Fernando Araújo, Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), pediu ontem a demissão do cargo e, esta quarta-feira, a ministra da Saúde Ana Paula Martins, aceitou o pedido.

Segundo indica comunicado do Ministério da Saúde, Ana Paula Martins recebeu “ontem, ao final do dia, uma comunicação eletrónica do Dr. Fernando Araújo, Diretor-Executivo do SNS, transmitindo a sua decisão individual de pedir a demissão do respetivo cargo”.

A ministra explica que já respondeu a Fernando Araújo, “agradecendo a comunicação e serviço prestado, e transmitindo a aceitação daquele pedido, que foi apresentado de modo voluntário e espontâneo”.

tento em conta que o ministério pediu à Direção-Executiva do SNS (DE-SNS) para apresentar relatório de atividade e ponto de situação, ficou acordado que o mandato de Fernando Araújo terminará com a entrega do documento, “no prazo de cerca de 60 dias”.

“O Governo está totalmente empenhado na sua missão de assegurar cuidados de saúde para todos e salvar o SNS, começando, no curto prazo, pela apresentação de um Programa de Emergência. Infelizmente, a realidade tem revelado, a cada dia, uma situação muito difícil no acesso a esses cuidados e problemas sérios na organização e na gestão dos recursos humanos e financeiros do SNS”, sublinha a tutela na nota enviada.

O Governo acrescenta que “no devido tempo”, vai ser conhecida a solução a aplicar na DE-SNS, “que terá a missão de realizar efetivas reformas, incluindo na gestão operacional e prestação de cuidados, que são inadiáveis para virar a página em defesa do SNS, e finalmente remediar a pesada herança que tanto prejudica o acesso, em tempo e qualidade, à saúde, em especial pelas pessoas mais vulneráveis”.

Na terça-feira ao final da tarde, o diretor executivo do SNS anunciou a sua demissão, em conjunto com a sua equipa, alegando que não quer ser obstáculo ao Governo nas políticas e nas medidas que considere necessárias.

A direção executiva iniciou a sua atividade em 01 de janeiro de 2023, na sequência do novo Estatuto do SNS proposto ainda pela então ministra Marta Temido, com o objetivo de coordenar a resposta assistencial de todas as unidades do SNS e de modernizar a sua gestão.

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