Quais são os empregos mais (e menos) expostos ao COVID-19?

Profissionais na área da saúde estão entre os mais expostos a doenças e a outras pessoas. Um estudo elaborado pelo Office for National Statistics do Reino Unido, com base num inquérito realizado a trabalhadores norte-americanos, indica mesmo que praticamente todas as profissões com elevados níveis de exposição nestes dois parâmetros são deste sector.

Por outro lado, artistas, advogados e profissionais que desenvolvem a sua actividade em escritórios, como é o caso das áreas do Marketing, Recursos Humanos e Finanças, apresentam um índice de exposição mais baixo.

Trabalhadores das limpezas, guardas prisionais e profissionais da área das funerárias são, por seu turno, os que apresentam níveis significativos de exposição à doença sem grandes níveis de interacção próxima com outras pessoas.

Porém, há outro grupo de profissionais a ter em consideração quando o assunto é COVID-19. De acordo com a mesma análise, reportada pela BBC, as pessoas que correm mais riscos perante uma nova infecção como a COVID-19 são aquelas que têm muito contacto com outras pessoas e que não estão habitualmente expostas a doenças. São elas: funcionários de bares, cabeleireiros, actores, taxistas e trabalhadores da construção civil, por exemplo.

“Embora grande parte das profissões obrigue as pessoas a trabalharem relativamente próximas umas das outras – algures entre um braço de distância e um escritório partilhado – existe muito poucas que envolvam tipicamente a exposição a doenças mais do que uma vez por ano”, explica a BBC.

Vamos a alguns exemplos práticos. De um total de 359 profissões analisadas, assistente de bordo ocupa o 49.º lugar em termos de exposição à doença. Por outro lado, fica em 24.º em termos de proximidade de outras pessoas. Um chef de cozinha, por sua vez, fica em 103.º no campo da doença e em 19.º no da proximidade.

Os professores são relativamente expostos à doença (60.º) e significativamente expostos a outras pessoas (134.º). Alguém que trabalhe numa florista apresenta também um quadro semelhante: 87.º no ranking da exposição a doenças e 98.º no da proximidade.

Já os engenheiros eléctricos estão entre as profissões com menos exposição à doença (338.º) e com um risco moderado em termos de proximidade de outras pessoas (295.º). Um instrutor de fitness encontra-se na situação oposta: é relativamente exposto à doença (82.º) e trabalha muito próximo de outras pessoas (30.º).