Protestos da PSP e GNR: MAI não irá permitir “atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos”

PSP e GNR prometem manter os protestos que se têm verificado nas últimas semanas, reclamando o subsídio de risco atribuído à PJ, entre outras reivindicações, mas o ministro da Administração Interna (NAI), José Luís Carneiro, garante que a segurança nas eleições legislativas de 10 de março não irá ser colocada em causa devido a esta situação.

Em entrevista à RTP, o governante disse que o Governo assegura “todas as garantias” de segurança em relação a “todos os atos eleitorais”, isto depois de o presidente do Sindicato Nacional da Polícia alertar para a possível falta de efetivos para assegurar as legislativas.

“Nós também estamos do lado dos polícias”, sustentou Carneiro, recordando as medidas do Governo, nos últimos anos, para valorização da forças de segurança.

Quanto às garantias dadas, serão não só “no quadro das responsabilidades que as forças de segurança continuarão a assumir” mas igualmente “no quadro da própria cooperação entre as diferentes forças de segurança”.

O responsável destaca em entrevista à SIC, o direito “legítimo” de as forças de segurança se manifestarem, mas avisa que não irá permitir “atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos”.

Em causa está a polémica em Famalicão, em que 13 dos 15 agentes da PSP meteram baixa, deixando esta esquadra sem operacionais. Esta situação levou a que o jogo Famalicão-Sporting, previsto para este domingo, fosse cancelado.

Carneiro referiu que se tratam de “atos de insubordinação” que podem colocar em risco o Estado de Direito, e que não podem ser confundidos com o direito à manifestação. Da mesma forma, o ministro adianta que não se pode permitir que uma “minoria” coloque em causa o “prestígio e dedicação” de todas as forças.

“Enquanto havia responsáveis que estavam a cumprir deveres, havia um apelo a circular para que abdicassem do cumprimento desses deveres. Isso não é aceitável”, diz sobre o caso de Famalicão, desvalorizando que se tratam de “movimentos inorgânicos” que querem “aproveitar alguns sentimentos de injustiça”.

O Ministério da Administração Interna (NAI) abriu inquérito ao caso e Carneiro sublinha que deu orientações ao comando da PSP e GNR para que, caso haja indícios de ligação “entre movimentos, estímulos, mensagens para atos de indisciplina e insubordinação, esses indícios, que se traduzam em ações, sejam transmitidos ao Ministério Público”.

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