Portugal a caminho dos 13 milhões de turistas. Metade ficam em Lisboa
Portugal está a caminho de um novo recorde. Até Setembro, o número de estrangeiros a escolher passar férias nos hotéis nacionais ficou perto dos 13 milhões de turistas estrangeiros, com a Área Metropolitana de Lisboa (AML) a concentrar mais de metade dos turistas. Face a 2018, o número subiu 6,4%, mostram dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Apesar de ter alcançado bons números, Setembro foi um mês de travagem, pelo menos do lado da procura externa. O sector do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,6 milhões de dormidas em Setembro, o que corresponde a variações de 5,2% e 3,3%, respectivamente.
Os residentes (que pesam menos) cresceram mais do que os não-residentes. Enquanto o número de turistas residentes a fazer check-in em hotéis portugueses cresceu 4,4%, para 2,2 milhões, a procura de estrangeiros não foi além de uns tímidos 2,9%, o equivalente a 5,4 milhões, de acordo com o INE.
Um dos mercados que mais está a penalizar as contas dos hotéis é o britânico (que representa 20,9% do total das dormidas de não-residentes em Setembro) com um aumento de apenas 0,1% neste período, o que se traduziu em pouco mais de 26 mil turistas ingleses. Desde o início do ano, este mercado cresceu 0,8%.
Logo a seguir, os alemães (13% do total) registam a maior quebra no número de turistas: recuaram-se 8,1% em Setembro. Nos nove primeiros meses do ano, foram menos 6,8%. Espanha, que representa a terceira maior quota de mercado (9,3%), registou um crescimento de 9,5% em Setembro. Até esse mês, aumentou 8,2%.
Nesse período, a estada média (2,64) encolheu 1,8%, sobretudo devido ao não-residentes (-3,0%). Já a taxa líquida de ocupação, de 57,1%, recuou 1,9 pontos percentuais (p.p.), ainda que a um ritmo menos acelerado do que em Agosto (-2,2 p.p.)
Por alojamentos, as dormidas evoluíram de forma positiva em todos os tipos de alojamento. Na hotelaria (82,6% do total) registaram um aumento de 1,7%, no alojamento local (peso de 14,4% no total) aumentaram 13% e as de turismo rural e de habitação (quota de 3,0%) aumentaram 5,8%.
Contas feitas, os proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros atingiram os 498,7 milhões de euros, mais 6,7% face ao ano anterior. Ainda assim, esta evolução representa uma travagem em relação ao aumento de 7,3% registado em Agosto.
O rendimento médio por quarto disponível situou-se em 66 euros, o que se traduziu num aumento de 1,2% e o rendimento médio por quarto ocupado atingiu os 97,5 euros, mantendo o ritmo de crescimento registado no mês anterior (3%).
Em Setembro, as dormidas cresceram em todas as regiões à excepção da Madeira, que regista quebras de 4,1%. O Norte e a AML Lisboa foram as zonas do país que mais turistas receberam, com aumentos de 8% e 5,1% respectivamente.