CTT: O parceiro de confiança

Enquanto parceiro que procura dar soluções integrais, os CTT decidiram alavancar a sua capacidade adquirindo a Transporta, em Maio último. Assim incorporaram nos quadros 150 trabalhadores da empresa especializada em entregas porta-a-porta, comprada ao grupo Barraqueiro por 1,5 milhões de euros. Antes as encomendas chegavam aos portugueses através de transportadoras espanholas. Na prática, a aquisição visou reforçar as competências do grupo no segmento de Carga (objectos acima dos 30 kg), uma vez que existe forte complementaridade com a entrega de encomendas, principalmente nos envios entre empresas, já que uma parte relevante dos clientes tem simultaneamente envios de encomendas e paletes, por exemplo.

«Esta aquisição, através de fusão por incorporação, traz vantagens competitivas, permitindo a harmonização e melhoria da oferta actual dos serviços prestados pelo Grupo CTT, através da CTT Expresso e da Transporta; a obtenção de economias de escala e de sinergias do ponto de vista operacional e comercial; uma maior racionalização dos custos e recursos disponíveis, reforçando a eficiência», esclarece Francisco Simão, administrador executivo dos CTT.

Esta fusão contribui para o reforço da posição competitiva dos CTT num mercado cada vez mais exigente, consolidando a rentabilidade da operação de Expresso e Carga e reforçando as condições para que os CTT continuem a ser o operador logístico de referência na Península Ibérica.

OFERTAS E SERVIÇOS

Os CTT querem ser reconhecidos como um parceiro de confiança, com quem os clientes podem contar para os apoiar a aumentar a eficácia e eficiência das suas actividades. A maior parte dos clientes são empresas e negócios, mas também outras organizações e instituições, além dos consumidores particulares. Para responder às necessidades destes segmentos tão diferentes os CTT têm desenvolvido ofertas e serviços para as diferentes necessidades. Falamos, por exemplo, da oferta e-Segue, direccionada para empresas que expedem para clientes particulares, com soluções dinâmicas e interactivas e várias opções de personalização, permitindo que os clientes definam o dia, a hora e o local de entrega das suas encomendas, sendo também possível a alteração dos dados de envio durante o percurso da encomenda. Ou CTT Now, para clientes particulares, que permite definir uma janela horária para entrega através de uma aplicação no telemóvel. Ou o CTT Logística, uma solução de e-fulfillment, para a gestão de logística integrada, direccionada para Pequenas e Médias Empresas (PME) e startups que já estão ou ambicionam vir a estar na venda online dos seus produtos e que permite o controlo e gestão do processo logístico numa única plataforma online, possibilitando que estas empresas possam usufruir do conhecimento e experiência dos CTT na actividade logística, desde a recepção e recolha, à armazenagem, a preparação, a expedição e entrega e a devolução.

Através destas soluções, os CTT assumem o seu papel relevante no desenvolvimento do mercado e crescimento do comércio electrónico. Os CTT dizem querer liderar o desenvolvimento deste ecossistema, que registou em 2018, em Portugal, um crescimento de 17%, alcançando um valor total na ordem dos cinco mil milhões de euros, segundo o “CTT e-Commerce Report 2019”. «Foi também com a missão de fazer crescer o ecossistema de comércio electrónico nacional que lançámos o marketplace Dott, em parceria com a Sonae, e desenvolvemos várias parcerias com startups do sector», detalha Francisco Simão.

Os CTT têm apostado fortemente em inovação, nomeadamente através do lançamento de novos produtos e serviços, como os já referidos, em particular no last mile delivery ou no desenvolvimento de parcerias com startups. A inovação também tem sido aplicada à rede tradicional, para aumentar a eficiência e sinergias.

OS CORREIOS DO FUTURO

Os CTT anunciaram o ano passado o lançamento do Plano de Modernização e Investimento (PMI), que implica um investimento de 40 milhões de euros até 2021 na rede postal e logística, a rede base dos CTT, para aumentar a eficiência, adaptar a infra-estrutura à nova realidade do correio e melhorar as condições de trabalho.

Este é o maior investimento feito na rede base nos últimos 30 anos, para adaptar a infra-estrutura às novas necessidades do negócio, assegurando o Serviço Postal Universal num quadro de quebra forte e continuada dos volumes de correspondência. Este é um investimento que já está em curso e onde já se veem resultados, nomeadamente na criação de novos Centros de Entrega, para aumentar a eficiência no processo de distribuição do correio ou o investimento de 15 milhões de euros na compra de máquinas de separação de correio topo de gama ou através da aposta em inovação e tecnologia para a optimização de rotas.

«É uma aposta ímpar na actividade core dos CTT e uma renovação do nosso compromisso com a qualidade e proximidade às populações, em particular do interior de Portugal. Estamos a preparar os CTT do futuro. Modernos, inovadores, eficientes, competitivos e sempre muito próximos dos portugueses – a proximidade faz parte do nosso ADN. Fazemo-lo a pensar nos nossos clientes, nos nossos colaboradores das operações e na sustentabilidade presente e futura dos CTT», sublinha o administrador executivo.

A nova vaga de mecanização dos centros, a reorganização da rede de distribuição e o uso de ferramentas avançadas para gestão dos giros dos carteiros irão permitir melhorar a eficiência e eficácia da rede postal, o reforço da qualidade do serviço e a melhoria das condições de trabalho dos carteiros, mantendo a capilaridade da rede de retalho e a proximidade às populações.

De notar no que diz respeito às frotas, os CTT têm uma das maiores do País e a maior frota eléctrica do sector logístico em Portugal, com 311 veículos eléctricos, representando quase 10% da total frota dos CTT. Os CTT têm em operação veículos eléctricos de diferentes tipos: bicicletas, triciclos, quadriciclos e ligeiros de mercadorias, com um impacto positivo na pegada carbónica dos TT que se estima em cerca de 80 toneladas de CO2 por ano.

«O leque de necessidades em termos de transportes nos CTT é bastante amplo e os CTT escolhem cuidadosamente os percursos em que os veículos eléctricos vão operar. Assim, os CTT garantem a total adequação dos veículos eléctricos ao serviço postal. A operação não tem qualquer alteração e as viaturas apenas são carregadas nas horas de paragem do serviço (noite)», detalha Francisco Simão.

Nos primeiros nove meses deste ano, os lucros dos CTT cresceram 99,7%, para 22,9 milhões de euros. O crescimento dos rendimentos operacionais no mesmo período de tempo verificou-se no Banco CTT (+73,1%), nos Serviços Financeiros (+30,3%), na área de Expresso & Encomendas (1,3%), já na área de Correio registou-se uma redução de 2,8%. «Os resultados revelados mostram que as apostas estratégicas da empresa estão a dar frutos. Os CTT vão manter a proximidade às populações, uma das nossas maiores vantagens competitivas, através da capilaridade da rede de retalho e também da rede de distribuição, continuando a promover a eficiência e a inovação», ressalva ainda.

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