“O mal sofreu um golpe, mas a nossa tarefa não está concluída”: Netanyahu diz que Israel não vai parar até todos os reféns do Hamas serem libertados

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou esta quinta-feira a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, durante uma declaração televisiva ao país. No entanto, apesar deste desenvolvimento significativo, Netanyahu foi claro ao afirmar que a guerra contra o Hamas está longe de estar concluída.

“O mal sofreu um golpe, mas a nossa tarefa não está concluída”, disse Netanyahu, sublinhando que Israel continuará a utilizar “toda a força” até que todos os reféns nas mãos do Hamas sejam libertados. “Continuaremos com todas as nossas forças até ao regresso a casa de todos os vossos entes queridos, que são os nossos entes queridos”, assegurou o primeiro-ministro, dirigindo-se diretamente às famílias dos reféns.

Numa mensagem dirigida à população da Faixa de Gaza, Netanyahu não poupou críticas a Sinwar, acusando-o de ser o responsável pela destruição de vidas em Gaza. “Sinwar arruinou as vossas vidas. Ele disse-vos que era um leão, mas, na realidade, estava escondido numa toca escura – e foi morto quando fugiu em pânico dos nossos soldados”, afirmou o líder israelita. Netanyahu reforçou ainda que o Hamas não voltará a governar o enclave de Gaza, oferecendo uma mensagem de esperança ao povo da região: “Esta é uma oportunidade para o povo de Gaza se libertar da sua tirania”, garantiu.

O primeiro-ministro destacou também o significado da morte de Sinwar no contexto mais amplo da luta contra o Hamas e outras forças que considera malignas. “A região tem agora uma oportunidade de travar o ‘eixo do mal’ e, consequentemente, voltar a instalar a paz e prosperidade”, afirmou, concluindo com uma mensagem simbólica: “A luz está a prevalecer sobre as trevas.”

O presidente de Israel, Isaac Herzog, também reagiu à notícia da morte de Sinwar, congratulando-se com o desaparecimento do que descreveu como o “malvado” líder do Hamas. Herzog caracterizou Sinwar como “o cérebro por detrás do mortífero ataque de 7 de outubro”, uma referência aos ataques do Hamas contra Israel que desencadearam a recente escalada de violência na região.

“Durante anos, Sinwar foi responsável por atos hediondos de terrorismo contra civis israelitas e cidadãos de outros países, e pelo assassinato de milhares de pessoas inocentes”, declarou Herzog. Para o presidente israelita, a morte de Sinwar é um passo importante na luta contra o terrorismo, mas ele reforçou que é essencial continuar a agir para garantir o regresso dos reféns que ainda estão em poder do Hamas. “É preciso agir de todas as formas possíveis para permitir o regresso dos reféns – agora, mais do que nunca”, concluiu Herzog.

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