Novo Governo: quem serão os ministros escolhidos por Luís Montenegro? Líder do PSD joga politicamente em três tabuleiros

O Governo não tem um prazo legal para a sua formação, mas Luís Montenegro pretende apresentá-lo no espaço de uma semana. O contrarrelógio para os nomes que vão constar em três tabuleiros – Governo, Parlamento e lista para as eleições europeias – já começou para o líder social-democrata, que, à saída do Palácio de Belém depois de ter sido indigitado como primeiro-ministro, anunciou que regressaria a 28 para apresentar o Governo.

É por isso com natural expectativa entre os sociais-democratas e no CDS sobre os nomes que vão ocupar os lugares: de acordo com o jornal ‘Expresso’, o vice-presidente do PSD, Hugo Soares, deve liderar a bancada parlamentar social-democrata, recuperando um lugar que foi seu em 2017, sucedendo a Luís Montenegro.

Luís Montenegro poderá ter como braço-direito uma de duas hipóteses que têm vindo a ganhar força: António Leitão Amaro ou Miguel Poiares Maduro, que poderão tornar-se o próximo ministro Adjunto.

O ‘vice’ do partido, Miguel Pinto Luz tem ‘via verde’ para o Governo, sendo a pasta das Infraestruturas como a mais provável, uma vez que sempre assumiu esse pelouro na direção do PSD.

O primeiro-ministro indigitado tem também de tomar atenção aos nomes femininos: por isso Teresa Morais, cabeça de lista por Setúbal, seja apontado em muitas conversas, quer para ministra da Cultura (cargo que teve por 15 dias no segundo Governo Passos), quer para os Assuntos Parlamentares (foi secretária de Estado no primeiro Governo Passos), ou até mesmo para líder parlamentar.

Há também duas possibilidades para assumir a pasta dos Assuntos Parlamentares: Teresa Morais ou Nuno Magalhães: se for este último o escolhido, esta será uma das pastas nas mãos do CDS.

Nas Finanças são indicados dois nomes que ajudaram a desenhar o pacote fiscal social-democrata: Joaquim Miranda Sarmento e João Valle e Azevedo. Se não for a escolha de Luís Montenegro, Miranda Sarmento pode transitar para a Economia, uma pasta onde estão indicados ainda Pedro Reis e Ricardo Rio.

Dentro do CDS, Nuno Melo é certo que irá parar ao Governo. É o líder do segundo partido da coligação, sendo apontado para a Defesa ou a Agricultura, longe de estar garantida para Eduardo Oliveira e Sousa, o ex-líder da Confederação dos Agricultores, que encabeçou a lista da AD por Santarém.

O nome de Paulo Rangel tem corrido nos corredores sociais-democratas para integrar a Comissão Europeia ou o Governo: se for esta a escolha, poderá assumir o Ministério dos Negócios Estrangeiros ou o da Justiça.

A nível parlamentar, para presidente da Assembleia da República, é apontado José Pedro Aguiar-Branco, ex-ministro da Defesa de Pedro Passos Coelho.

Ler Mais