Montenegro indigitado primeiro-ministro. Novo Governo apresentado a 28 de março, tomada de posse é a 2 de abril
O Presidente da República convidou o líder da Aliança Democrática a formar Governo, já depois da meia-noite.
“Tendo o Presidente da República procedido à audição dos partidos e coligações de partidos que se apresentaram às eleições de 10 de março para a Assembleia da República e obtiveram mandatos de deputados, tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos, e tendo o Secretário-Geral do Partido Socialista reconhecido e confirmado que seria líder da Oposição, o Presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como Primeiro-Ministro, apresentando oportunamente ao Presidente da República a orgânica e composição do XXIV Governo Constitucional”, pode ler-se numa nota divulgada no site da Presidência.
A indicação aconteceu assim que foram apurados os votos da emigração para as legislativas.
O líder do PSD voa assim para Bruxelas às 6h da manhã para participar no encontro do PPE, grupo político europeu a que pertence o PSD, já como primeiro-ministro.
Próximos passos
Depois da publicação dos resultados oficiais das eleições, a Assembleia da República irá reunir-se na sua nova composição, o Governo será nomeado e empossado e apresentará o seu programa ao parlamento.
Segundo disse Montenegro, à saída da reunião com o PR, a tomada de posse do novo Executivo está marcada para dia 2 de abril – e até já há nomes para as pastas do Governo. Antes, a 28 de março, será apresentada a composição do futuro Governo.
“Acertei com o Presidente da República que, de hoje [quinta-feira] a oito dias, no dia 28, virei apresentar-lhe a composição do futuro Governo, tendo também acertado com ele que a data da tomada de posse será no próximo dia 2 de abril”, comunicou aos jornalistas.
A AD venceu as eleições legislativas de 10 de março, ficando três deputados à frente do PS, com 80, enquanto os socialistas conseguiram 78 mandatos. Em terceiro lugar ficou o Chega, com 50 deputados.
Resta agora saber que papel vai ter a Iniciativa Liberal na próxima legislatura, que manteve os oito deputados, estando aberta a presença dos liberais no Executivo.
O mesmo é válido para o CDS, que elegeu dois deputados na coligação com o PSD.
[Notícia atualizada às 00h34 com declaração de Montenegro]