Ministros ucranianos escrevem carta às tecnológicas a pedir que travem desinformação russa
A guerra na Ucrânia continua, mas os ucranianos não param de lutar e, na mais recente ação para travar os russos, escreveram uma carta aos líderes das principais empresas tecnológicas a pedir que eliminassem a propaganda e a desinformação russa nas suas plataformas.
A invasão a um país independente “foi possível através das mentiras que Putin contou a todo o mundo para justificar as suas ações. E as vossas plataformas estão a atiçar as chamas desta guerra ao espalhar desinformação apoiada pelo Kremlin”, pode ler-se na carta assinada por Mykhailo Fedorov, Vice-primeiro Ministro e Ministro da Transformação Digital e Oleksandr Vladyslavovych Tkachenko, Ministro da Cultura e da Política de Informação.
A carta, que é endereçada aos CEOs da Meta, da Google, do Twitter, do YouTube, da Apple, do TikTok e do Telegram foi ainda assinada por várias organizações e mais de 73.000 indivíduos de todo o mundo.
Apesar de reconhecerem que as tecnológicas tomaram recentemente algumas medidas para “identificar a desinformação estatal”, afirmam que não foram suficientes.
“As tecnológicas conhecem a máquina de desinformação de Putin há anos, mas tomaram poucas medidas para a combater.” A carta acrescenta ainda que as empresas estão a lucrar com as mentiras de Putin, pois os seus modelos de negócio dependem de os utilizadores serem mais atraídos por conteúdos mais graves.
Os ministros russos pede assim que haja maneiras mais claras de os utilizadores denunciarem publicações que contenham desinformação, que as plataformas parem com a “amplificação algorítmica da desinformação”, que haja mais transparência e que protejam os funcionários da região.