Milagre económico ‘transforma’ azeite em petróleo e tira este país das mãos do FMI

A Tunísia, embora não possua a abundante riqueza petrolífera dos seus vizinhos Líbia e Argélia, encontrou no azeite o seu próprio “ouro líquido”. Com condições ideais para a produção deste precioso alimento, a Tunísia transformou o azeite num motor chave da sua economia, marcando uma diferença significativa no seu crescimento económico.

De acordo com o ‘elEconomista’, a Tunísia é um dos maiores produtores de azeite do mundo, com uma produção de aproximadamente 200.000 toneladas por ano.

O impacto económico do azeite na Tunísia é significativo. O produto contribuiu para um crescimento de 2,6% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, como destaca um estudo da financeira JP Morgan.

A economia tunisina, historicamente apoiada no turismo, está assim a experimentar uma recuperação. A diminuição do défice atraiu investidores internacionais, facilitando a assinatura de novos acordos comerciais. Em 2023, o setor turístico gerou receitas de 2.300 milhões de dólares, um incremento de 1.000 milhões em relação ao ano anterior, em grande parte graças ao aumento de 8% nas exportações.

O estudo do JP Morgan sublinha a importância da produção de azeite na recuperação económica da Tunísia. Apesar de uma descida na produção de hidrocarbonetos, as exportações de azeite cresceram consideravelmente, atingindo receitas de 400 milhões de dólares. Espanha, Arábia Saudita e Estados Unidos são os principais destinos deste “ouro verde”.

Os dois principais produtores de azeite, Espanha e Itália, estão a superar as dificuldades climáticas que afetaram as suas colheitas. Neste contexto, a Tunísia posiciona-se favoravelmente, com expectativas de manter o seu nível de produção e aumentar as receitas derivadas do azeite. Embora os preços do azeite estejam perto dos seus máximos históricos, espera-se uma estabilização no futuro, dependendo das condições das próximas colheitas.

 

 

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