Menos população, mais imigrantes, mais bebés e menos divórcios. O retrato da população Portuguesa
O INE revelou hoje um “Bilhete de Identidade de Portugal”, registando a realidade e evolução do país nos últimos seis anos. Segundo os dados recolhidos pelo Instituto, a população portuguesa continua a encolher, reflectindo o envelhecimento da população, naquele que foi o ano com mais mortes registadas desde 2013.
No ano passado, existiam pouco mais de 10 milhões de habitantes no país, menos 14 mil do que em 2017, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim, estão a nascer mais bebés em Portugal. No ano passado, o número de nascimentos foi 87 020 (nados-vivos), o que representa um aumento de 1% em relação a 2017 (86 154).
Também o índice sintético de fecundidade registou um crescimento, para 1,41 filhos por mulher,o valor mais elevado desde 2005. Todavia, as portuguesas são mães cada mais tarde. Em média, o primeiro filho nasce aos 30 anos.
No entanto, 2018 foi também um ano de muitas mortes: 113 051 (+3%). E não foi só entre os adultos. O número de de óbitos infantis foi 287, mais 58 que em no ano anterior. De acordo com o INE, a taxa de mortalidade infantil aumentou para 3,3 óbitos por mil nados-vivos.
No mesmo ano, o número de casamentos voltou a registar uma ligeira subida em Portugal. Realizaram-se 34 637 casamentos, mais 3% do que em 2017. Mas, enquanto as mulheres escolhem casar aos 32, os homens vão para o primeiro casamento quase nos 34 anos.
Por outro lado, os casos de divórcio diminuíram 5,7%, para um total de 20 345. Em média, os homens portugueses tendem a divorciar-se aos 47 anos e as mulheres aos 45.
Estima-se ainda que, durante 2018, tenham entrado em Portugal 43 170 imigrantes permanentes e tenham saído 31 600 emigrantes permanentes, mais 17,8% e menos 0,5% do que em 2017, respectivamente. Ou seja, o saldo migratório foi positivo pelo segundo ano consecutivo, passando de 4 886 em 2017 para 11 570 no ano passado.
Nesse ano, 28 856 estrangeiros adquiriram a nacionalidade portuguesa, um número 23,7% superior ao registado no ano de 2017 (23 320): 21 333 aquisições da nacionalidade respeitaram a residentes em Portugal e 7 523 a residentes no estrangeiro.