Harley-Davidson “perde o gás”: elevada procura não compensa custos altos das matérias-primas e escassez de chips

A icónica marca de motos Harley-Davidson divulgou esta quarta-feira que os lucros no primeiro trimestre de 2022 caíram. Apesar do aumento dos preços e elevada procura, o aumento dos custos das matérias-primas e escassez de semicondutores afetaram os resultados da empresa.

A empresa anunciou um lucro líquido foi de 223 milhões de dólares (211 milhões de euros, ou 1,45 dólares por ação, no primeiro trimestre de 2022. No mesmo período do ano passado a Harley-Davidson obteve 259 milhões de dólares (245 milhões de euros), ou 1,68 dólares por ação.

A Harley-Davidson justifica estes resultados com os custos crescentes de matérias-primas e logística, bem como pela contínua escassez de semicondutores que tem afetado todo o mercado, e que esperam que continue.

No entanto, a procura tem aumentado e a Harley-Davidson registou um aumento de cerca de 6% nas vendas de motos e produtos relacionados, perfazendo um total de vendas de 1,3 mil milhões de dólares (1,23 mil milhões de euros).

Para 2022 a empresa espera um aumento da receita e do lucro operacional. “A perspetiva pressupõe que a logística e a produção melhorem moderadamente no segundo semestre do ano, à medida que ultrapassamos os níveis de pico de inflação experimentados em 2021 e a oferta de semicondutores estabiliza; a empresa espera que a inflação das matérias-primas continue ao longo do balanço do ano fiscal”, diz a empresa em comunicado.