Gerir as crescentes despesas familiares de forma criativa? Empresa de soluções financeiras revela soluções para não ‘apertar o cinto’
Este domingo celebra-se o Dia Internacional da Literacia.
A efeméride foi criada pela UNESCO, com o objetivo principal de destacar a importância da literacia para as pessoas e sociedades, uma vez que se estima que cerca de 800 milhões de pessoas adultas de todo o mundo não saibam ler nem escrever.
Em particular, a versão financeira. O que é? No fundo, trata-se de conhecer e compreender conceitos financeiros que permitem tomar decisões conscientes e acertadas, ou seja, são os conhecimentos e competências que cada um nós tem para gerir as suas finanças pessoais, familiares ou até de contexto laboral. Num momento em que as famílias são ‘assaltadas’ com despesas diversas – prestação do crédito à habitação, despesas no regresso à escola, entre outras -, este conceito ganha especial relevância para melhor gerir o seu orçamento.
Para tal, falámos com Alexandre Carrera Lejeune, responsável da FLOA para a Península Ibérica, empresa que fornece soluções financeiras, tais como o pagamento das suas compras em prestações e sem custos adicionais, um mecanismo que pode fazer a diferença no seu dia a dia.
1. Há uma relação direta entre a literacia financeira e o impacto no bolso dos portugueses?
São, sem dúvida, duas questões indissociáveis, desde logo porque um maior nível de literacia financeira permite tomar decisões mais informadas e conscientes em relação à gestão de orçamentos. É crucial que os consumidores tenham acesso e percebam todas as ferramentas que existem e que lhes permitem fazer escolhas que promovam uma estabilidade financeira, que lhes dê capacidade de fazer face a uma despesa inesperada ou, simplesmente, que ajudem a gerir melhor o orçamento mensal.
2. É a sustentabilidade o principal fator nas escolhas dos consumidores portugueses? Ou está ainda ‘a ganhar o seu espaço’ na hierarquia de razões?
O fator sustentabilidade está a ganhar um lugar cada vez mais importante nas escolhas dos consumidores portugueses. Embora ainda não seja o principal, este caminho para um consumo mais responsável está a ser percorrido de forma consistente. Aliás, os dados mais recentes do estudo da FLOA, levado a cabo em parceria com a Kantar, mostram-nos que 49% dos portugueses que utilizam ou já utilizaram o BNPL veem esta solução financeira como uma forma de adquirir bens de maior qualidade e mais sustentáveis.
3. Afirmou, em 2023, que os “consumidores portugueses estão cada vez mais à procura de soluções inovadoras que lhes permitam gerir o orçamento.” Ora, quais as soluções mais inovadoras atualmente à disposição?
Algumas das soluções mais inovadoras atualmente disponíveis são: contas de pagamento digitais, como da Nickel; plataformas de comparação de preços, como do KuantoKusta; e finalmente o método de pagamento Buy Now Pay Later, como da FLOA. O mercado financeiro tem evoluído para responder às exigências dos consumidores que procuram soluções mais flexíveis e rápidas, diferentes dos modelos tradicionais, para gerir o seu orçamento.
Atualmente, os consumidores querem poder comprar produtos e serviços em qualquer momento e lugar, além de exigirem uma maior personalização dos produtos, flexibilidade na entrega e no pagamento, e, claro, segurança. A FLOA tem respondido a esta procura através de um serviço que promove um maior equilíbrio na gestão financeira dos clientes, sem comprometer o seu consumo e necessidades. A opção de BNPL, no caso da FLOA, centra-se no modelo diferido e fracionado, uma vantagem que está em linha com as exigências dos consumidores. Estas opções permitem comprar produtos melhores, mais sustentáveis e, claro, responder a imprevistos sem que tenha de recorrer a créditos com comissões ou taxas elevadas.
No caso dos negócios, oferecer esta modalidade de pagamento também tem trazido vantagens. Segundo os dados do estudo que levamos a cabo com a Kantar, 54% dos consumidores portugueses mudaria de ponto de venda se este método de pagamento não estivesse disponível. Olhando para estes números, é percetível que o consumidor está mais exigente e procura ter acesso às soluções financeiras que lhe deem mais liberdade.
Destes números também se pode concluir que o BNPL ajuda a atrair mais clientes e pode aumentar a taxa de conversão de vendas, um ponto crucial para todas as empresas.
Além disso, desde a nossa entrada em Portugal, temos investido em parcerias estratégicas, como a Rádio Popular ou a iStore, que facilitam a integração destas soluções nos pontos de venda físicos e online, tornando-as acessíveis a todos. Desta forma, os consumidores podem fazer compras com confiança, enquanto os comerciantes beneficiam de uma maior satisfação e lealdade por parte dos seus clientes.
4. O mercado de BNPL (“buy now, pay later”) da FLOA, como funciona e como pode ajudar os consumidores portugueses?
O BNPL apresenta-se como uma resposta às crescentes necessidades dos consumidores portugueses e oferece a capacidade de pagar compras e serviços de forma fracionada, seja no e-commerce ou em lojas físicas. No caso da FLOA, o consumidor pode fracionar os pagamentos em três ou quatro vezes, num prazo máximo de 90 dias, sem qualquer custo adicional.
O nosso papel neste mercado é o de simplificar esta modalidade de pagamento e o modelo que implementamos acaba por ser bastante mais simples e flexível uma vez que não exige a instalação de aplicações, registos ou documentos adicionais. Ou seja, a experiência do cliente acaba por ser muito semelhante a fazer uma compra com um cartão bancário.
Para efetuar um pagamento, o consumidor só precisa fornecer o nome, morada, NIF, data de nascimento, e-mail e número de telemóvel, dados que são analisados em conjunto com outros critérios relacionados com a compra. Em tempo real, menos de 1 segundo, o cliente sabe se é aprovado ou não para fracionar o pagamento. Ao ser aprovado, o cliente em seguida efetua o pagamento da primeira prestação, sem juros, com o seu cartão bancário. Uma vez confirmado o pagamento, também em tempo real, a compra está finalizada. Ao longo de todo o processo, a informação é apresentada de forma clara e transparente, para garantir que os clientes tomam decisões informadas sem receios de custos ocultos ou processos de adesão complicados e demorados.
Esta simplicidade e transparência é o que nos permite promover a inclusão financeira de todos os tipos de consumidores. Em caso de incumprimento no pagamento, o risco é totalmente assumido pela FLOA, pois queremos garantir a sustentabilidade dos nossos parceiros e honrar o compromisso de apoiar a digitalização do comércio local em Portugal.
5. Estamos numa altura de elevados gastos das famílias com despesas escolares. Que recomendações deixaria para atravessar este período sem rombos no orçamento?
O período de regresso às aulas pode ser especialmente exigente para as famílias, pelo que é importante ter em conta algumas estratégias que permitam minimizar o impacto deste período no orçamento familiar.
Em primeiro lugar, é importante planear com antecedência, fazer uma lista detalhada de tudo o que é realmente necessário e definir um orçamento, para evitar compras impulsivas. Caso haja oportunidade, é sempre útil comprar antecipadamente alguns itens que sabemos que serão necessários, de forma a dividir os gastos.
Voltando ao tema da sustentabilidade, é importante valorizar a possibilidade de compras em segunda mão. Livros e mochilas e até computadores recondicionados podem ser uma excelente forma de poupar, desde que os itens estejam em bom estado.
Para despesas maiores, o uso de métodos de pagamento fracionado como o BNPL é uma solução útil, pois permite aliviar o impacto imediato no orçamento. Por fim, é sempre aconselhável pesquisar e comparar preços dos produtos nos diferentes pontos de venda ou com um comparador de preços online procurar os melhores descontos.
6. Como definiria Portugal em termos de literacia financeira, sobretudo comparativamente ao resto da Europa? Estamos realmente capacitados para escolhas cada vez mais ponderadas e baseadas em bons princípios financeiros?
Portugal tem vindo a fazer progressos em termos de literacia financeira, especialmente no que diz respeito à adoção de soluções inovadoras de gestão financeira. De acordo com os dados do nosso estudo, 64% dos portugueses usa o Buy Now Pay Later como uma solução para fazer face a acontecimentos inesperados, o que demonstra que os consumidores utilizam este recurso de forma ponderada e que têm bastante consciência sobre as suas finanças recorrendo a esta ferramenta de forma estratégica para manter o equilíbrio financeiro sem comprometer o orçamento familiar.
7. Hoje assinala-se o Dia Internacional pela Literacia. Que desafios enfrentam neste momento os consumidores portugueses que possam trazer mais dores de cabeça?
Atualmente, o maior desafio para os consumidores portugueses é a sofisticação quase diária das fraudes, especialmente online. Este desafio, associado a algum desconhecimento ou pouca literacia digital, pode deixar os consumidores vulneráveis a compras fraudulentas, acessos indevidos a dados pessoais, perdas financeiras significativas, acesso indevido a contas bancárias ou até mesmo em roubo de identidade.
Por outro lado, tendo em conta o cenário macroeconómico que atravessamos no país e na Europa, associado ao período de alguma incerteza pelo qual estamos a passar, pode trazer algumas frustrações e pressões à gestão dos orçamentos.
Será, por isso, importante, que os portugueses estejam atentos aos riscos digitais e aos alertas sobre os esquemas fraudulentos que possam comprometer a sua saúde financeira, mas também que conheçam todas as ferramentas e recursos financeiros disponíveis que os possam ajudar a atender às crescentes necessidades. Além disso, é importante comprar em e-commerces de empresas de confiança.
As empresas que oferecem o método de pagamento da FLOA são parceiros de confiança pois passaram por um processo de avaliação e o Buy Now Pay Later como temos vindo a abordar, pode influenciar positivamente os hábitos de compra dos portugueses e ajudá-los a gerir melhor os seus orçamentos.
8. Por último, três conselhos para potenciar as poupanças das famílias portuguesas ou três alternativas para conter os gastos?
É essencial analisar os gastos regularmente de forma a identificar áreas onde é possível economizar. Daí, é possível criar um orçamento realista que deve incluir uma parte destinada a poupanças para serem depois utilizadas em imprevistos ou momentos de mais esforço financeiro como é o regresso às aulas. Saber comprar também é importante e, para além do valor do produto, as famílias devem ter em conta as opções de pagamento e a qualidade do mesmo. O BNPL com a opção de fracionamento permite, precisamente, que o consumidor invista em algo que dure mais e seja mais sustentável.