FC Porto e Binance lançam ‘token’ azul e branco. “Queremos ser os primeiros”, diz Pinto da Costa

A Binance passa, a partir desta sexta-feira, a ser parceira oficial do FC Porto. De acordo com a informação avançada em primeira mão à ‘Executive Digest’, o FC Porto é o primeiro clube português com que a plataforma de criptomoedas assina contrato, entrando em competitividade direta com a ‘exchange’ Socios.

Durante a primeira época, os dragões terão estampada na zona frontal das camisolas o logotipo da Binance, passando nas épocas seguintes a utilizar a mesma marca nas mangas.

O acordo prevê ainda a criação do ‘fan token’ Porto, a que os adeptos terão acesso, através da plataforma ‘Fan Token Exchange’ da Binance.

Este criptoativo será emitido através do Binance Launchpad. Mais tarde, estará disponível através de via spot, cartões bancários e P2P.

Com o ‘Fan Token Porto’, os fãs podem recolher NFT raros, participar em sondagens exclusivas e desbloquear emblemas exclusivos e outras recompensas virtuais.

Para Pinto da Costa “esta é uma parceria que nos ajuda a acompanhar a evolução do mundo atual, a alavancar os ativos digitais e, acima de tudo, a estar mais perto dos nossos fãs e dos seus interesses. Este é um acordo que valoriza o FC Porto e o seu parceiro, que é algo que procuramos em todas as parcerias que estabelecemos e também no nosso dia-a-dia.

“Quem se junta ao FC Porto sabe que está a associar-se a um clube que quer ser o primeiro em tudo”, remata o presidente do clube.

Já Changpeng “CZ” Zhao, CEO e cofundador da Binance, frisa que a “Binance Fan Tokens” é uma nova e excitante maneira de os adeptos se relacionarem com as suas equipas favoritas. O FC Porto não é apenas um dos clubes de futebol mais consagrados da Europa, mas também é um dos mais inovadores”.

 

Binance, Socios e BetsPlayer ocupam mercado português

No fim de julho, o Estrela da Amadora foi o primeiro clube de futebol português a lançar um ‘fan token’, em parceria com a plataforma BetsPlayer. Na altura, e através das redes sociais, a SAD explicou que os adeptos podem “tirar rendimento da performance do clube”: “O token $CFEA é uma criptomoeda cujo valor varia de acordo com o mercado mas não só. Ao adquirir o nosso Token oficial terá direito a receber, no final de cada época, 5% das vendas do clube, 5% dos direitos de solidariedade e formação e 5% da rentabilidade anual do clube”.

A 23 de setembro, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lançou um ‘Fan Token’ em parceria com a plataforma que mais parcerias tem com clubes de futebol europeus, a Socios.com, tornando-se a “40.ª grande organização desportiva a juntar-se à plataforma, que também inclui o FC Barcelona, AC Milan e a Seleção da Argentina”.

Atualmente seis dos 26 convocados de Portugal para o Campeonato da Europa representam clubes que integram a Socios.com, incluindo, Bernardo Silva e Rúben Dias (Manchester City), Danilo Pereira (Paris SG), Gonçalo Guedes (Valência CF) e João Félix (Atlético de Madrid).

No entanto, desde que foi lançado, este criptoativo caiu a pique, registando uma queda de 27,7% desde esta data, 0,8% na última semana e 10,5% nas últimas 24 horas, para os 1,52 dólares, com uma capitalização de mercado de 146.732 dólares, de acordo com os dados disponibilizados pela plataforma CoinGecko.

Na primeira semana de lançamento, cada ‘Token’ chegou a ser cotado, nos 2,90 dólares, com uma capitalização de mercado superior a um milhão de dólares.

 

Uma moda que veio para ficar

Os clubes de futebol estão a trocar patrocínios, com duração contratual de quase 25 anos, com empresas mais tradicionais e a celebrar novos acordos de parceria com plataformas e outros ‘players’ do mercado cripto.

O AC Milan, Juventus, FC Barcelona, Arsenal e Manchester City seguem o mesmo exemplo e assinaram contratos com a empresa de criptomoedas Socios. No caso do Inter, como outros, a empresa sediada em Malta e na Suíça chega mesmo a estar estampada nas camisolas dos jogadores.

Os fãs devem usar a própria moeda digital da Socios, Chiliz, para comprar tokens da equipa através do aplicação. A Chiliz vale hoje pouco mais de 20 cêntimos, tendo alcançado o pico dos 0,76 cêntimos, em abril, de acordo com os dados da Coin Market Cap.

Em maio, o ‘token’ do clube espanhol Atlético de Madrid subiu para mais de 42 euros, com um volume de mercado de 286 milhões de euros.

Do lado da Fórmula 1, o investimento no mundo das criptomoedas também se fez sentir. Em junho, a F1, passou a ser patrocinada pela ‘exchange’ Crypto.com, que agora faz parte de uma reputada lista de parcerias, com nomes como a Rolex, a Pirelli e a petrolífera Saudi Aramco. O negócio vale até 26 milhões de euros ao ano, de acordo com uma fonte da competição, em declarações ao Financial Times.

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