Estrutura do mercado de petróleo aponta para subida para os 150 dólares por barril
Com a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, o valor do barril de petróleo já alcançou os 100 dólares por barril. No entanto, a subida deve continuar.
Os mercados de futuros, que são usados pelos investidores para proteger os seus portefólios ao garantir com algumas certezas o futuro de certas matérias-primas, também podem antecipar o preço de determinado bem ou ativo.
Segundo o site espanhol ‘El Economista’, o mercado de futuros de petróleo está numa estrutura conhecida como “super-retrocesso” que tem por norma antecipar subidas acentuadas do preço do petróleo, situação que aconteceu pela última vez quando o Irão invadiu o Kuwait em 1990.
Para os investidores, explica o UBS à publicação espanhola, gera retorno positivo comprarem futuros do petróleo neste momento para depois vendê-los mais caros. E o mercado encontra-se ansioso por comprar petróleo numa altura em que o futuro das tensões geopolíticas ainda é muito incerto.
Para exemplificar, em março e abril de 2020, a situação no mercado de petróleo era completamente contrária. Os futuros indicavam que o petróleo ia cair muito mais e essa situação provou ser verdadeira quando os futuros chegaram mesmo a atingir valores negativos.
Em relação ao futuro, todas as sanções que estão a ser implementadas à Rússia, mais especificamente no petróleo, e a procura acentuada pela commoditie está a reduzir as reservas e a criar tensão no mercado, segundo o ‘El Economista’. Segundo analistas, o petróleo pode alcançar os 150 dólares por baril. Warren Patterson, analista de commodities do ING, disse em declarações à publicação espanhola que o futuro do petróleo está sustentado pela incerteza da oferta russa.
A Agência Internacional de Energia e alguns países, como os EUA, têm vindo a libertar as reservas de petróleo devido à escassez no mercado para proporcionar um alívio temporário. No entanto, as melhores opções para uma melhoria das tensões no mercado de petróleo são o alívio das tensões com a Rússia e o retorno do Irão ao mercado.